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Bradesco (BBDC4): Com operação ‘sólida’, o que falta para a ação disparar

05 ago 2022, 9:14 - atualizado em 05 ago 2022, 9:42
Bradesco
Para o BB Investimentos, a ação do Bradesco pode subir 52,17%. (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A operação do Bradesco (BBDC4) foi classificada como “solida” pelo BB Investimentos após o banco apresentar um lucro líquido recorrente de R$ 7,04 bilhões, alta de 11,4% anual de, e um ROAE de 18,6%.

O analista do BB Rafael Reis disse que segue otimista com a capacidade de execução da instituição, que, na avaliação dele, exibe crescimento com boa rentabilidade.

A avaliação é feita em um momento em que BBDC4 acumula baixa de mais de 20% em 12 meses, desempenho semelhante ao de pares privados.

Para Reis, o desempenho dos papéis é reflexo do momento mais volátil do mercado acionário como um todo, mas também da economia com juros e inflação em alta.

Os fatores listados pelo banco implicam em maiores despesas de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), entre outras coisas.

O que faria a ação do Bradesco disparar seria justamente o “clima iminente” do fim do ciclo de altas da Selic, na avaliação do BB Investimentos.

O novo cenário, para Reis, possibilitaria uma dinâmica de inadimplência e de resultado de tesouraria menos “espinhosa” no futuro do banco.

Para o BB Investimentos, a ação do Bradesco pode subir 52,17%, a R$ 28, até o final de 2023.

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Bradesco no 2T22

O Bradesco teve um segundo trimestre favorecido principalmente pela forte margem financeira com clientes, beneficiada por maiores spreads sobre uma carteira de crédito que cresce a bom ritmo, disse o BB Investimentos.

A margem também foi resultado de receitas com serviços, em especial seguridade, que opera com menor pressão por conta do alívio na pandemia, segundo o banco.

Os detratores do balanço ficaram por conta da significativa queda na margem com o mercado (tesouraria), dada a sensibilidade dos ativos e passivos ao cenário de alta de juros, e escalada das despesas de PDD, por conta da expansão da carteira e do mix mais arrojado.

“Ao olharmos para a operação do Bradesco é evidente a solidez”, disse Reis.

“A carteira de crédito se expande com apetite, a inadimplência escala em ritmo que consideramos no limite do confortável, a gestão de custos é ‘exemplar’, a forte margem com clientes protagoniza e a receita de serviços sólida nos lembra a importância da diversificação”.

Para o analista, o lucro líquido também parece saudável, assim como o ROE.

“Porém, nas minúcias, é possível observar que no 2T22, esses foram auxiliados por itens incomumente favoráveis, como impacto positivo de impairment de ativos financeiros muito acima do usual”, ponderou.

Ele listou também a linha ‘outras despesas’, que ajudou a equilibrar itens excepcionalmente punidos no trimestre, como a margem com o mercado negativa e as “vultosas” despesas com provisões para devedores duvidosos.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.