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Bradesco (BBDC4) dispara 70% e Safra diz o que fazer com papel

17 nov 2025, 14:07 - atualizado em 17 nov 2025, 14:07
Bradesco
Para o Safra, o Bradesco está substituindo créditos de menor qualidade por operações de maior qualidade (Imagem: iStock/Global_Pics)

O Bradesco (BBDC4) tem desempenho digno de small cap, acumulando alta de 70% no ano. Com isso, o banco, que havia passado por forte liquidação após uma sequência de resultados fracos, voltou ao patamar de 2022.

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Mesmo após a disparada, que consumiu parte do potencial de valorização visto anteriormente pelos analistas, o Safra segue otimista com o BBDC.

Daniel Vaz, Maria Luisa Guedes e Rafael Nobre elevaram o preço-alvo para R$ 24, o que ainda implica potencial de alta de 23%, mantendo recomendação de compra.

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Segundo eles, embora a ação tenha avançado bastante, a rentabilidade bancária ainda tem espaço relevante para melhorar.

“Em 2025, o crescimento da receita foi o principal motor da recuperação dos lucros. Para 2026 e 2027, esperamos que a eficiência operacional lidere a próxima fase.”

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Com isso, o Safra acredita que o Bradesco dará mais uma pernada no processo de recuperação, que vem sendo construído passo a passo.

As projeções de lucro líquido foram revisadas para R$ 24,645 bilhões em 2025 e R$ 29,004 bilhões em 2026 — altas de 3% e 10% em relação às estimativas anteriores, em linha com o consenso. O Safra mantém um ROE de longo prazo de 19%.

Mais qualidade e controle de custos

Para o Safra, o Bradesco está substituindo créditos de menor qualidade por operações de maior qualidade, movimento que deve se refletir diretamente na margem com clientes (NIM), projetada para 9,1% em 2026.

O banco também projeta leve melhora no NII de mercado, para R$ 1,6 bilhão, já que as taxas de juros médias não devem cair significativamente.

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“Esperamos que a combinação de 13% de crescimento do NII e estabilidade no custo de risco resulte em expansão de 17% do NII ajustado ao risco, um pouco abaixo do desempenho de 2025.”

Outro ponto importante: controle de custos.

No terceiro trimestre, a estrutura física do Bradesco era 25% menor na comparação anual (agências -13%; pontos de atendimento -39%).

“À medida que o ritmo de redução do footprint desacelera, despesas relacionadas a provisões legais devem seguir o mesmo caminho.”

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Quanto às despesas de pessoal, a pressão recente veio da participação nos lucros, que subiu 50% em base LTM, acompanhando a melhora da rentabilidade. Isso, no entanto, não deve se repetir nos próximos trimestres, já que se trata de um item não recorrente.

“Nos próximos períodos, essa linha deve ser menos pesada, embora ainda cresça acima das despesas totais de pessoal — um efeito colateral da trajetória de recuperação.”

Seguradora segue forte

A Bradesco Seguros também contribui para o bom humor do Safra. Com ROE entre 22% e 25%, a operação tem mantido um desempenho robusto, provavelmente acima da parte superior do guidance.

“Apesar da base difícil para 2026, ainda esperamos crescimento de 4% ano contra ano, sustentado por resultados de subscrição saudáveis.”

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A receita, porém, está temporariamente pressionada pelos investimentos na rede hospitalar — movimento que deve perder força em 2026, permitindo que o caixa volte a crescer, contribuindo novamente para o desempenho financeiro do conglomerado.

 

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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