Bancos

Bradesco (BBDC4) dobra private banking com aquisições e contratações

14 out 2022, 9:49 - atualizado em 14 out 2022, 9:49
Bradesco
Em 2019, o Bradesco adquiriu o BAC Florida Bank em Miami, agora renomeado Bradesco Bank, que possui cerca de 10.000 clientes de alta renda (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O total de fortunas administradas pelo negócio de private banking do Bradesco (BBDC4) quase dobrou nos últimos três anos por meio de aquisições e novas contratações, incluindo 28 apenas neste ano.

Os ativos de clientes ricos sob gestão, incluindo os contabilizados no Brasil e fora do país, totalizam R$ 472 bilhões, quase o dobro dos R$ 250 bilhões em dezembro de 2019, de acordo com Guto Miranda, chefe global de private banking do Bradesco. A participação no mercado local do banco aumentou de 18% para 22% no período.

“Estamos reposicionando nossos negócios, investindo na melhoria da percepção de nossos clientes sobre nós e ganhando participação de mercado”, disse Miranda em entrevista.

Bancos em todo o mundo têm competido por clientes endinheirados, reforçando suas práticas de assessoria de investimentos e de empréstimos para capturar mais recursos para gerir.

O Citi combinou suas áreas de gestão de fortunas e de private banking sob um único responsável no início do ano passado, e o Bank of America disse no mês passado que formou um novo grupo para expandir suas ofertas para clientes ricos. O Morgan Stanley, por sua vez, viu a sua receita com gestão de fortunas disparar nos últimos anos.

Entre os recém-chegados ao Bradesco está a banker sênior do Credit Suisse, Cristina Arnt, que foi contratada em junho. No mês seguinte, Vanessa Maluf ingressou após quatro anos no Credit Suisse e um ano como sócia do multifamily office NAU Capital, com sede em São Paulo. O Bradesco também recrutou uma banker sênior que estava no Santander, Manuela Machry.

O Bradesco desbancou o Credit Suisse como segundo maior em private banking no Brasil após adquirir a unidade local do HSBC em 2016.

Em agosto de 2020, o JPMorgan decidiu deixar seu negócio de private banking no Brasil, pois considerava que não tinha escala suficiente para ser rentável, e assinou um acordo com o Bradesco em que concordou em encaminhar seus clientes.

Em junho de 2022, o Bradesco assinou um acordo semelhante com o BNP, que também deixou o negócio local. Miranda estima que as transações do JPMorgan e do BNP trouxeram 25 proficionais para o Bradesco.

Como parte da reestruturação de sua equipe, o Bradesco promoveu Arthur José André Neto, anteriormente na área de consultoria tributária, para chefiar o planejamento de patrimônio. Outras contratações incluem o analista sênior de produtos Alberto Sader, ex-SulAmérica Investimentos, para o grupo de investimentos e soluções, e Rafael Janandis, ex-gerente de relacionamento da B3, como assessor.

O setor de private banking no Brasil tem hoje R$ 1,85 trilhão sob gestão, um aumento de 3,7% em relação a dezembro, segundo a Anbima.

Em 2019, o Bradesco adquiriu o BAC Florida Bank em Miami, agora renomeado Bradesco Bank, que possui cerca de 10.000 clientes de alta renda.

O banco com sede em Osasco também tem um banco em Luxemburgo que atende aos ricos. A divisão de private banking tem cerca de 9.000 famílias como clientes e 500 funcionários em todo o mundo.

“Estamos sempre à procura de novas oportunidades de compra, pois pretendemos adicionar 1.000 famílias por ano como novos clientes para o nosso negócio de private banking”, disse Miranda.

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