Bradesco (BBDC4) salta mais 4% na semana e renova máximas do ano; até onde pode ir ação?

O Bradesco (BBDC4) é, sem dúvida, um dos ganhadores de 2025. Nessa semana, o papel saltou mais 4% e renovou máximas do ano. No acumulado, sobe 55%.
Além dos bons resultados que entrega, o banco se beneficia do possível porte de juros que ocorrerá no Brasil.
A expectativa é que a tesoura do Banco Central comesse a trabalhar entre o fim do ano e começo do ano que vem.
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Mas até onde pode ir o papel, que sofreu com forte volatilidade nos últimos anos?
Em relatório recente, a Ativa atualizou sua perspectiva para bancos e viu no Bradesco uma das melhores ações do setor.
Segundo os analistas, com resultados recentes em melhoria, o banco está no caminho certo para alcançar suas metas estratégicas de longo prazo.
“O foco em retorno ajustado ao risco aliado à segmentação refinada de clientes PF e PJ, maior garantia nas originações e provisionamento disciplinado posiciona o banco para capturar oportunidades e retomar níveis históricos de rentabilidade”.
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Além disso, a Ativa diz que o BBDC está mais eficiente, que junto com a transformação tecnológica, pode fazer com que o banco escale ainda mais.
A expectativa agora é que o seu ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) supere o custo de capital.
No segundo trimestre, o ROE saltou 3,2 pontos percentuais, atingindo 14,6%.
Os analistas elevaram o preço-alvo de R$ 17 para R$ 20, com recomendação de compra.
Bradesco: recuperação em curso
Após resultados fracos em trimestres anteriores, o banco reportou lucro de R$ 6,07 bilhões, alta de 28,6%, no melhor segundo trimestre desde 2021.
O mercado já precificava melhora — as ações subiram quase 40% no ano —, mas os números confirmaram a retomada.
A margem com clientes (NII) atingiu recorde, puxada por maior volume de crédito e melhor mix da carteira. As receitas de serviços também avançaram com cartões, gestão de ativos e mercado de capitais.
O Safra reiterou compra com preço-alvo de R$ 21, apontando potencial de 34% de alta.
A Genial destacou a tração da receita como principal motor da retomada, enquanto o Itaú BBA ressaltou a unidade de seguros como pilar de estabilidade.
Apesar de maior provisão para perdas de crédito (+6,5% no trimestre), o CEO Marcelo Noronha atribuiu parte do aumento a efeitos não recorrentes ligados à consolidação do banco John Deere.
O mercado não viu risco estrutural.