Bradesco (BBDC4) terá nova ‘pernada’ no 3T25? Veja o que esperar do balanço de amanhã
O Bradesco (BBDC4) é, até agora, o grande destaque no setor financeiro.
É verdade que o banco vem de base de comparação fraca, mas é inegável que aos poucos a gestão de Marcelo Noronha coloca a instituição nos trilhos, após sequência negativa de resultados.
No ano, a ação salta 60%. Nesta semana, subiu mais 2%.
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Para o terceiro trimestre, analistas veem melhora do lucro, da rentabilidade e controle da inadimplência, receita perfeita para animar investidores.
Consenso da Bloomberg espera lucro de R$ 6,1 bilhões, alta de 17%, com ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) médio de 14,85%, segundo seis casas consultadas pelo Money Times, muito próximo de romper o custo de capital de 15%.
Ventos favoráveis
A Genial Investimentos, por exemplo, projeta mais um trimestre de recuperação da rentabilidade, com crescimento robusto de receitas e inadimplência sob controle, resultando em novo avanço sequencial do lucro.
“Vemos continuidade do plano de reestruturação — fechamento de agências, redução de headcount, digitalização gradual do varejo massificado, foco no cliente de alta renda e busca por mais eficiência e agilidade”, diz o relatório.
O UBS BB também reforça a tendência positiva, destacando a expansão adicional da margem de clientes, sustentada por captação mais barata e recuperação do crédito.
Já o JPMorgan cita evolução das despesas, já que o banco aproveitou o bom momento da receita para reforçar provisões legais.
“Os NPLs continuam sob controle, mas esperamos leve deterioração no custo do risco, principalmente ligada à John Deere, com pressão nos empréstimos para o agronegócio”, afirma o banco.
O Safra acrescenta que o segmento de seguros deve reportar outro trimestre forte, possivelmente superando o guidance anual.
Para 2026, o Bradesco deve acelerar investimentos em opex, apoiado por receita robusta, o que levará a um crescimento de 7% na linha.
Bradesco: Combinação poderosa
O Itaú BBA vai na mesma onda.
Para os analistas, haverá continuidade de bons resultados, com melhora de 5% nos lucros em relação ao trimestre anterior, impulsionada por:
- carteira de crédito mais robusta,
- spreads melhores e desempenho positivo do segmento de seguros — fatores que devem compensar os números
maiores em despesas administrativas (SG&A).
“Essa composição favorável tende a sustentar as estimativas para bons resultados também em 2026”.
O Santander endossa a perspectiva.
De acordo com analistas, o banco deverá ter expansão da receita, apoiada pelo crescimento do crédito e pela qualidade saudável dos ativos, auxiliada por mais um forte desempenho do segmento de seguros.
Por outro lado, haverá forte queda na margem com o mercado, devido ao aumento das taxas de juros.
Isso, porém, não será suficiente para manchar os resultados (ou o otimismo com Bradesco).
“Esperamos que os resultados do terceiro trimestre corroborem nossa perspectiva positiva, já que mais um trimestre de aumento da lucratividade pode ser um indicador de quão sustentável tem sido a melhora nas operações”
| Corretora | Lucro (R$ bilhões) | ROE (%) |
|---|---|---|
| Genial | 6,30 | 14,6 |
| Itaú BBA | 6,30 | 15,1 |
| JPMorgan | 6,20 | 14,7 |
| Safra | 6,29 | 15,0 |
| UBS BB | 6,27 | 14,9 |
| Santander | 6,30 | 14,8 |