Bradesco BBI reitera ‘overweight’ em ações do Brasil, reduz exposição a risco fiscal
Estrategistas do Bradesco BBI reduziram a exposição a ações brasileiras em seu portfólio de América Latina, enxergando riscos diante da falta de um uma âncora fiscal crível, mas seguiram com recomendação ‘overweight’.
Andre Carvalho e equipe avaliaram em relatório a clientes que o próximo governo será pragmático, mas lento, resultando assim em uma vagarosa compressão do prêmio de risco.
“As ações brasileiras … continuam sendo um caso de alto risco na ausência de uma âncora fiscal confiável”, afirmaram, mas destacando que o novo governo provavelmente apresentará uma nova regra fiscal ao Congresso.
“A principal preocupação é se o novo quadro fiscal abrirá espaço para cortes nas taxas de juros em 2023.”
Eles veem o Ibovespa, referência da bolsa brasileiro, encerrando o próximo ano em 125 mil pontos, o que representaria alta de cerca de 14% em relação aos níveis atuais.
Na América Latina, eles elevaram a classificação para as ações do México de ‘neutra’ para ‘overweight’, enquanto Chile permaneceu com ‘neutra’ e Peru e Colômbia com ‘underweight’.
Em termos de setores, eles afirmaram estar ‘overweight’ em ações de consumo defensivas e nas chamadas ‘bond proxies’, com avaliação ‘neutra’ no setor financeiros e ‘underweight’ em papéis atrelados a commodities e mais cíclicos.
No portfólio modelo para América Latina, foram adicionadas as brasileiras Prio, Santos Brasil e Carrefour Brasil
(CRFB3), a mexicana Gruma, a chileba SQM e a peruana Credicorp.
Em contrapartida, Petrobras, CCR e Assaí, do Brasil, foram excluídas, assim como o mexicano Banorte e as chilenas Enel Chile e CCU.
A carteira do Bradesco BBI ainda inclui, no caso do Brasil, Itaú Unibanco, Vamos, B3, Vibra Energia, brMalls, Lojas Renner, Rede D’Or e Vale.
Também fazem parte Vesta, Femsa, Alfa, Fibra Uno e Asur, do México, e Cencosud, do Chile.