Comprar ou vender?

Bradesco BBI vê excesso de oferta no setor elétrico; veja quais ações fugir e em quais apostar

12 dez 2022, 13:01 - atualizado em 12 dez 2022, 13:01
Eneva ENEV3
Bradesco BBI rebaixa recomendações de papéis do setor elétrico devido ao excesso de oferta (Imagem: Divulgação/ Eneva)

O Bradesco BBI rebaixou a recomendação da Cemig (CMIG3) e Eneva (ENVEV3) para neutra e elevou Copel (CPLE11) para compra. Segundo a casa de análises, as atualizações se devem ao excesso de oferta de geração no setor elétrico.

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O BBI aponta que existe um excesso de oferta equivalente a 10%-12% da demanda até 2027 e que, com base em dados de mais de 50 comercializadoras, o preço da eletricidade para 2023 caiu para cerca de R$ 100/MWh e já enxergam sinais de fraqueza nos preços para 2024.

“Assim, reduzimos a nossa projeção de preço para R$ 100-130/MWh em 2023-24, mantendo os preços estimados para longo prazo inalterados em R$ 150.”, destaca.

Neste cenário, as geradoras mais expostas são Eletrobras (ELET3;ELET6) e AES Brasil (AESB3). Já as companhias mais defensivas são Energisa (ENGI11), CPFL (CPFE3), Neoenergia (NEOE3), Equatorial (EQTL3) e Copel (CPLE11)

Apesar disso, o BBI pontua que a seleção de ações envolve muitas outras considerações, portanto, recomendam compra para:

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Excesso de oferta no setor elétrico

O Bradesco BBI destaca que o excesso de oferta se tornou um ponto relevante e, após uma década de risco de racionamento de eletricidade devido à hidrologia fraca, no início deste ano, a casa de análises vê o excesso de oferta com uma visão pessimista de curto prazo, considerando:

  • o excesso de construção de ativos de energia eólica nos últimos anos, energia solar em escala e, mais recentemente, distribuição de GD “ geração solar no telhado” (renováveis devem totalizar cerca de 20% da oferta em 2023e), impulsionada por subsídios muito generosos que tornam a energia eólica/solar atraente;
  • novas térmicas que, apesar de caras, não entram no cálculo do preço;
  • fraco crescimento da demanda (BBI estima 1,0% para 2023 e 2,5% após); e
  • recuperação das chuvas, levando os reservatórios consolidados a 52% da capacidade total contra 27% em 2021.

Neste cenário, as principais afetadas são Eletrobras e a AES Brasil, uma vez que estas têm as maiores quantidades de capacidade não contratada.

O BBI diz que isso também afeta a geração térmica da Eneva, o que levou ao rebaixamento da recomendação para neutra, visto que o despacho de suas unidades geradoras de Parnaíba pode ficar baixo por mais tempo.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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