Comprar ou vender?

Bradesco registra pico de R$ 20 bilhões de demanda diária por crédito a empresas

14 abr 2020, 10:54 - atualizado em 14 abr 2020, 10:54
Bradesco BBDC4
Corda no pescoço: busca por capital de giro dispara, segundo Bradesco (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As empresas estão, mesmo, em busca de dinheiro para manter suas operações, em meio à pandemia de coronavírus. O Bradesco (BBDC4), por exemplo, reporta um salto na demanda por crédito corporativo, o que dá uma medida da atual necessidade de capital de giro.

Em teleconferência com a XP Investimentos, relatada pelo analista Marcel Campos, a cúpula do banco informou que a demanda média diária por crédito corporativo, que era de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões, disparou para R$ 20 bilhões nos primeiros dias da pandemia.

O Bradesco acrescenta que chegou a aprovar mais crédito que o liberado, desde que o Banco Central afrouxou as exigências de depósitos compulsório.

A instituição observa, contudo, que a demanda por crédito voltou a se normalizar, e que adotou critérios adicionais para sua aprovação, como o impacto setorial.

Preparados para o pior

Os números divulgados, contudo, devem ter impacto neutro no comportamento dos papéis do banco, segundo a XP, devido às incertezas causadas pelas operações fechadas em tempos de crise.

Para se prevenir contra eventuais problemas, a cúpula do Bradesco informou que trabalha com base num cenário em que a inadimplência alcançará seus “piores níveis históricos”, nas palavras de Campos, da XP.

Apesar das dificuldades, o lado positivo, segundo a gestora, é o avanço do banco na digitalização de suas operações – algo estratégico em tempos de isolamento social e que pode melhorar sua competitividade no longo prazo.

A recomendação da XP para as ações do Bradesco é de compra, com preço-alvo de R$ 28.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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