Brasil busca parceria soberana com os EUA em negociação de tarifas, diz Haddad

Haddad diz que é preciso despolitizar o debate comercial. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

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O Governo brasileiro busca parcerias cooperativas com os Estados Unidos, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (4), ao falar sobre a negociação da taxação de 50%.

“Eles precisam compreender que o Brasil busca uma parceria — não como satélite ou colônia — mas como um país soberano que tem interesses em parceriasdos  em todo o planeta”, afirmou Haddad em entrevista à BandNews.

Ao mencionar o que pode ser levado à mesa na negociação tarifária, o ministro disse que o Brasil tem minerais críticos e terras raras e pode fazer acordos, como para a produção de baterias mais eficientes.

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Ele reiterou ainda que “não há o menor sentido na taxação” e que é necessário “despolitizar o debate comercial”.

“Nossa soberania e nossa democracia não estão em discussão. Nossas relações bilaterais estão em discussão”, afirmou.

Haddad disse que, na última sexta-feira (1º), os EUA manifestaram interesse em marcar uma reunião com o governo brasileiro e que pode ser que representantes dos países conversem esta semana.

“Nós nunca saímos da mesa de negociação com os Estados Unidos e não vamos sair […] Creio que até o dia 6 alguma coisa pode acontecer, mas não estamos trabalhando com datas finais.”

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Vale destacar que as tarifas anunciadas pelos EUA passam a valer a partir desta quarta-feira (6).

O plano de contingência

Segundo o ministro da Fazenda, as tarifas de 50% impostas pelos EUA têm um impacto microeconômico.

“O que preocupa mais imediatamente são 4% das nossas exportações […] Mais da metade desses 4% vai encontrar destino alternativo, porque são commodities”, disse.

O plano de contingência do governo para fazer frente à tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros está pronto e já foi apresentado ao presidente Lula.