Brasil capta US$ 2,25 bilhões em emissão externa de títulos sustentáveis e reabertura de papel de 10 anos
Nesta quinta-feira (6), o Tesouro Nacional captou US$ 2,25 bilhões com uma nova emissão de títulos sustentáveis em dólares no mercado internacional com papéis a vencer em 2033, além de uma reabertura da oferta do título de dez anos, com vencimento em 2035.
O resultado da operação foi noticiado pelo serviço de informações financeiras IFR, da LSEG, e confirmado à Reuters por uma fonte com conhecimento do assunto.
“O objetivo da operação é reafirmar o compromisso da República com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores não residentes”, disse o Tesouro em nota, em referência à terceira emissão de títulos sustentáveis do país.
A operação envolve um compromisso do governo brasileiro de alocar o montante equivalente aos recursos captados com os títulos em ações que impulsionem a sustentabilidade e contribuam para a mitigação de mudanças climáticas, conservação de recursos naturais e desenvolvimento social.
Mais cedo, o Tesouro disse que a emissão buscava promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, dando referência para o setor privado, além de antecipar o financiamento de vencimentos da dívida pública em moeda estrangeira.
O “initial price talk“, referência inicial de preços para sentir o interesse dos investidores pelos papéis, foi de 6,00% para o vencimento em 2033 e de 6,50% para o de 2035, segundo o IFR.
Do valor total captado, US$ 1,5 bilhão foi com o papel de 2033, enquanto a reabertura do título de dez anos gerou US$ 750 milhões. A operação foi liderada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs.
Em setembro, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo planejava uma nova emissão sustentável ainda neste ano, com valor entre US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões.
O Tesouro já havia captado US$ 8,5 bilhões com três lançamentos de títulos no mercado internacional em 2025. Com o anúncio desta quinta-feira (6), este ano é o de maior número de emissões desde 2010, quando também foram feitas quatro operações.
Antes, o governo havia feito operações de venda de títulos sustentáveis em novembro de 2023 e junho de 2024.
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