AgroTimes

Brasil deve ter indústrias habilitadas para exportar farelo de soja à China em até 2 meses

01 ago 2022, 13:07 - atualizado em 01 ago 2022, 13:57
Soja
“Faltam inspeções do governo, não é habilitação chinesa, é o próprio governo… é natural uma visita, vistoria, (que) um mês, dois meses, ainda vai levar”, disse o ministro Marcos Montes (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Após a recente abertura do mercado chinês para exportação de farelo de soja do Brasil, a habilitação das indústrias que poderão embarcar o produto ao país asiático deve ocorrer entre um e dois meses, disse nesta segunda-feira o ministro da Agricultura brasileiro, Marcos Montes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo ele, as vistorias nas unidades produtoras serão realizadas por autoridades do governo do Brasil.

“Faltam inspeções do governo, não é habilitação chinesa, é o próprio governo… é natural uma visita, vistoria, (que) um mês, dois meses, ainda vai levar”, disse o ministro a jornalistas nos bastidores de um evento em São Paulo.

O início dos embarques, de fato, vai depender da agilidade dos processos de inspeção e da “resposta dos empresários que têm esse interesse”, acrescentou Montes.

A abertura do mercado chinês para o farelo foi confirmada na última semana. A medida foi longamente esperada pelo setor, que até o momento vende soja em grão para China, mas quer expandir vendas do produto de maior valor agregado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Montes ainda ressaltou que exportações de milho para a China podem acontecer entre dois e três meses, visto que estão avançando as adequações nos protocolos para que o produto da segunda safra 2021/22 possa ser enviado.

Processo

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, explicou que, inicialmente, as habilitações das esmagadoras de soja seriam realizadas diretamente por autoridades da China, porém o Ministério da Agricultura (Mapa) negociou a regra e as aprovações poderão ser feitas pelo Brasil.

“Então, o Mapa vai visitar as plantas com os fiscais que ele já tem e vai habilitar. Se a planta estiver seguindo todos os requisitos, eles colocam no sistema para os chineses”, afirmou.

Até o momento, não há um cronograma para a realização das visitas técnicas nas unidades, porém uma reunião entre o governo e o setor está prevista para acontecer na sexta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo Nassar, a expectativa é que este detalhamento seja disponibilizado na reunião. Ele concordou, no entanto, que em dois meses é possível ter uma lista de unidades habilitadas.

Quanto ao embarque do farelo, de fato, Nassar acredita que vai depender da situação do mercado.

“Quando a soja estiver mais cara que o farelo, ele (China) vai comprar farelo”, disse. Sendo assim, os volumes enviados aos chineses podem ser diferentes de acordo com os tamanhos das safras e o comportamento dos preços.

“A demanda deles (chineses) é que vai mandar.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Do ponto de vista de produção, o presidente da Abiove disse que a ideia não é tirar o farelo que é utilizado no mercado interno para exportar para a China, é trabalhar com excedentes.

Em 2022, o processamento de soja do Brasil deve girar em torno de 48 milhões de toneladas, mas a capacidade produtiva é de 55 milhões.

Caso a demanda por biodiesel aumente no ano que vem, também haverá elevação de produção para o farelo –considerando que ambos são subprodutos relacionados no processo industrial da soja.

“Acho que com o biodiesel crescendo um pouco, vamos chegar logo nos 55 milhões de toneladas processadas… Se isso acontecer, serão 4 milhões de toneladas a mais de farelo, de uma produção atual entre 35-36 milhões de toneladas, é um volume bom.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

?Money Times é Top 9 em Investimentos!?

Obrigado pelo seu voto! Graças a você, o Money Times está entre as 9 maiores iniciativas brasileiras no Universo Digital em Investimentos. Se você conta com o conteúdo do site para cuidar bem do seu dinheiro, continue votando e ajude o Money Times a se tornar o melhor portal de notícias de investimentos do Brasil. Contamos com o seu apoio. CLIQUE AQUI E VOTE!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar