Copom

Brasil é maior pagador de juros reais do mundo, mesmo com Selic estável em 13,75%

06 dez 2022, 14:40 - atualizado em 06 dez 2022, 14:53
Banco Central Selic
Brasil deve seguir como maior pagador de juros reais do mundo, mesmo com Selic estável em 13,75% na última reunião de 2022 (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se nesta semana pela última vez em 2022 para decidir sobre o patamar da taxa básica de juros. Apesar das incertezas fiscais, o mercado prevê manutenção da Selic em 13,75%.

Ainda assim, a decisão mantém o Brasil na liderança do ranking global de maior pagador de juros reais do mundo. Segundo levantamento feito pela Infinity Asset Management feito com 156 países, o Brasil sustenta essa amarga posição com ampla vantagem.

Descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses (ex-ante), o Brasil paga 8,16% em juros reais. Mais atrás, está o México, com juro real de 5,39%, seguido pelo Chile (4,66%).

Os países latinos são destaque na lista de maiores pagadores de juros reais, com a Colômbia aparecendo em quinto lugar (2,39%).

Aliás,  o Brasil mantém a primeira colocação, em qualquer cenário. O levantamento da Infinity simulou a possibilidade de alta de 0,75 ponto percentual (pp), o que reduziria o juro real para 7,54%.

Por outro lado, em caso de corte de 0,25 pp, os juros reais pagos pelo Brasil alcançariam 8,78%. “Nossa projeção contempla possibilidade de 90% manutenção, 10% de alta de 0,75pp e zero de corte de 0,25pp”, ressalta o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, em comentário.

Ranking nominal de juros

Aliás, a América Latina também é destaque no ranking de maior pagador de juros em termos nominais – portanto, desconsiderando-se a inflação. Nessa lista, a Argentina aparece na liderança, com taxa de 75,00%, seguida de longe pelo Brasil, com a Selic estacionada em 13,75%.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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