Oferecimento:

Morning Times

Brasil entra no modo ‘filho teu não foge à luta’ contra Trump; o que esperar do Ibovespa nesta quinta (10)

10 jul 2025, 7:27 - atualizado em 10 jul 2025, 7:38
eua brasil tesouro direto treasuries tarifas morning agenda ibovespa wall street
Trump quer taxar produtos do Brasil em 50% usando julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como justificativa. (Imagem: tzahiV/Getty Images Signature)

O governo brasileiro não se abalou (por enquanto) com a ameaça de Donald Trump de adotar uma tarifa de 50% aos produtos originados do Brasil vendidos aos EUA.

Em carta enviada diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (9), a primeira justificativa apresentada pelo presidente norte-americano é a “forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro“. Trump afirma que é uma “vergonha internacional” o julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, que tem Jair Bolsonaro como um dos réus.

Outro ponto citado foi a “violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”. Neste caso, Trump se refere às “centenas de ordens de censura” emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a plataformas de redes sociais dos EUA.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos alega que as relações comerciais com o Brasil é “muito injusta”, por conta de barreiras tarifárias e não-tarifárias.

Itamaraty convocou o encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar, para que o representante diplomático explique as manifestações divulgadas em apoio ao ex-presidente Bolsonaro.

Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil não mudará seu tom apesar da ameaça de Trump. Alckmin reiterou que considera as tarifas dos EUA injustas e que prejudicam a própria economia norte-americana.

O presidente Lula, por sua vez, afirmou que o Brasil é um país soberano com instituições independentes e “que não aceitará ser tutelado por ninguém”. Segundo ele, a medida comercial será respondida “à luz” da Lei da Reciprocidade Econômica.

A Lei da Reciprocidade Econômica entrou em vigor em abril e autoriza o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos econômicos que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil no mercado global.

  • MORNING CALL: TUDO SOBRE O MERCADO EM MINUTO
    Fique por dentro do desempenho dos principais indicadores financeiros e projeções que podem movimentar a economia

Ibovespa

No mercado, o dia promete ser de volatilidade, com os investidores analisando o impacto disso para a economia. Mas, uma notícia positiva pode ajudar a amenizar as perdas: a inflação brasileira deve apresentar uma nova desaceleração em junho: a expectativa do mercado é de alta de 0,23%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vem reduzindo o ritmo de crescimento nos últimos meses, com variações de 1,31% em fevereiro, 0,56% em março, 0,43% em abril e 0,26% em maio.

A expectativa é que a inflação de junho seja pressionado para baixo, principalmente, pela deflação de alimentos e bens industriais, além da queda nos preços da gasolina, em função do corte recente promovido nas refinarias.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) perdeu quase 2 mil pontos e terminou o pregão com queda de 1,31%, aos 137.480,79 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5024, com alta de 1,04%, no maior nível desde 25 de junho



O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, caiu 1,92% no after-market de ontem, cotado a US$ 27,62.

Internacional

No cenário internacional, os mercados também digerem as novas tarifas de Trump, que passam a valer a partir do dia 1º de agosto.

O Nobel de Economia de 2008, Paul Krugman, fez uma publicação defendendo o impeachment de Trump após tarifas contra o Brasil. Segundo o economista, a medida inaugura o uso político perverso e megalomaníaco das taxas.

“Agora, Trump está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador. Se você ainda achava que os Estados Unidos eram um dos mocinhos do mundo, isso deve lhe dizer de que lado estamos hoje em dia”, destacou.

As bolsas da Ásia fecharam em alta. Os mercados europeus operam no positivo, enquanto, em Wall Street, os índices futuros registram desempenho negativo.

Petróleo

O petróleo recua, com o preço da commodity nos US$ 70 o barril.

Criptomoedas

As criptomoedas estão em uma manhã positiva. O bitcoin (BTC) opera nos US$ 111 mil, apresentando uma alta de 2%. Já o ethereum (ETH) sobe 6,2% e é negociado nos US$ 2.700.

Agenda: Veja a programação para hoje

Indicadores econômicos

  • 09h – Brasil – IPCA de junho
  • 09h30 – EUA – Pedidos de auxílio-desemprego da semana

Agenda – Lula

  • 09h – Reunião com o Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Marco Aurélio Marcola
    10h – Reunião com o Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e o Secretário de Imprensa, Laércio Portela

Agenda – Fernando Haddad

  • 10h– Entrevista coletiva com mídias independentes (Barão Entrevista)

Agenda – Gabriel Galípolo

  • Despachos internos

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (10)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: -0,37%
  • Hong Kong/Hang Seng: +0,57%
  • China/Xangai: +0,48%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: +1,04%
  • Frankfurt/DAX: +0,23%
  • Paris/CAC 40: +0,64%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: -0,07%
  • S&P 500: -0,11%
  • Dow Jones: -0,04%

Commodities

  • Petróleo/Brent: -0,31%, a US$ 69,97 o barril
  • Petróleo/WTI: -0,48%, a US$ 68,05 o barril
  • Minério de ferro: +3,67%, a US$ 106,41 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): +2%, a US$ 111.166
  • Ethereum (ETH): +6,2%, a US$ 2.782,82

Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar