Sucroenergia

Brasil está alheio ao açúcar em Nova York. Agora, é problema dos asiáticos

15 jul 2020, 15:30 - atualizado em 15 jul 2020, 15:34
Açucar
Safra mais curta de açúcar com a aceleração das exportações tira o Brasil de Nova York (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Tanto quanto há muito não se via o potencial para o açúcar como na atual temporada, também o setor produtivo do Centro-Sul não sabia o que era entrar em julho sem preocupações com as cotações de outubro, o último vencimento do ano em Nova York.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nessa época sempre havia algum volume sobrando do alimento a ser fixado, tentando se aproveitar de incertezas das safras indiana e tailandesa (a partir de outubro), embora tradicionalmente a produção no segundo semestre sempre seja mais alcooleira.

No começo de julho, se estimava 22 milhões de toneladas já vendidas, de um total previsto para o ciclo de 28 milhões/t. O dólar fez a diferença para os exportadores, oferecendo suporte às cotações que em nenhum momento também mostraram vigor.

Agora, reduziu-se mais e não há açúcar em quantidade significativa a ser contratado para embarques nos próximos meses. O Brasil está praticamente fora do mercado. Dentro, só os produtores da Ásia.

“As fixações são para as safras seguintes, e isso para quem está fixando, porque a maioria está no etanol para a entressafra”, diz Maurício Muruci, da Safras & Mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Da expectativa de 37 milhões de toneladas de açúcar de produção, a musculatura veio com a pandemia derrotando o consumo de etanol e com o dólar sempre favorável em R$ 5,50 ou mais – no principal período de aumento das fixações de contratos, em maio.

A commodity nesta quarta (15) fechou em 11.82 centavos de dólar por libra-peso, em alta de 4,90%, tendo algum suporte do petróleo também em elevação, mas sem muito fôlego, de acordo com Muruci, para mais de 12 c/lp pelos estoques elevados de Índia e Tailândia, somando estimada 20 milhões/t, além da safra nova calculada entre 32 milhões/ e 12 milhões/t, respectivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar