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Brasil perde US$ 700 mi de agosto a outubro com exportações de carne, mas vendas gerais sobem

15 nov 2025, 17:55 - atualizado em 15 nov 2025, 17:55
boi carne bovina gado
(iStock.com/Leonidas Santana)

Apesar das tarifas adicionais impostas pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros, as exportações totais de carne bovina em outubro registraram receita de US$ 1,897 bilhão, alta de 37,4% em relação ao mesmo período de 2024.

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No mês, foram embarcadas 360,28 mil toneladas, o que representa crescimento de 12,8% ante o ano anterior.

A queda nas exportações destinadas aos EUA — com perdas estimadas em US$ 700 milhões entre agosto e outubro — foi compensada pelo aumento das vendas para outros mercados.

Os dados são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), compilados a partir das estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).  As informações incluem carnes in natura e industrializadas, miudezas comestíveis, sebo bovino e demais subprodutos da cadeia da carne bovina.

Segundo a Abrafrigo, no acumulado dos dez primeiros meses de 2025, as exportações totais alcançaram receita recorde de US$ 14,655 bilhões, alta de 36% frente ao mesmo intervalo de 2024. O volume exportado também foi recorde: 3.148 mil toneladas, um avanço de 18% na comparação anual.

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Para os Estados Unidos — segundo maior comprador da carne bovina brasileira — as vendas vêm perdendo força. As exportações de carne in natura para o país recuaram 54% em outubro, para US$ 58 milhões, ainda demonstrando alguma resiliência mesmo após o aumento tarifário, de acordo com a Abrafrigo. No caso da carne bovina industrializada, a queda foi de 20,3%, para US$ 24,9 milhões, enquanto o sebo e outras gorduras bovinas despencaram 70,4%, para US$ 5,7 milhões.

Mesmo com o forte recuo recente, o acumulado de janeiro a outubro de 2025 ainda aponta alta de 40,4% nas exportações para os Estados Unidos, totalizando US$ 1,796 bilhão — resultado que reflete o ritmo acelerado das vendas antes do tarifaço. Considerando apenas o período de agosto a outubro, quando as tarifas extras entraram em vigor, as vendas totais de carne e subprodutos para os EUA caíram 36,4%, gerando perdas estimadas em cerca de US$ 700 milhões.

“Embora essas perdas tenham sido compensadas com folga pelo aumento das vendas para outros mercados, o fato é que as exportações de carne bovina do Brasil poderiam ser ainda maiores caso as tarifas punitivas do governo dos Estados Unidos não tivessem sido aplicadas”, afirmou a associação.

A China segue como principal destino. No acumulado de janeiro a outubro de 2025, as exportações para o país somaram US$ 7,060 bilhões e 1.323 mil toneladas, altas de 45,8% e 21,4%, respectivamente.

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Já a União Europeia, considerada como um único mercado, foi o segundo maior destino da carne bovina brasileira em outubro de 2025. As vendas para o bloco cresceram 112% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando US$ 140 milhões. De janeiro a outubro, as exportações para a UE aumentaram 70,2%, somando US$ 815,9 milhões — com preços médios de US$ 8.362 por tonelada de carne bovina in natura.

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