Agronegócio

Brasil precisa importar soja em meio à exportação recorde

07 ago 2020, 15:53 - atualizado em 07 ago 2020, 15:53
Soja
As indústrias de processamento têm importado soja do Paraguai para esmagamento, à medida que as exportações continuam batendo recordes (Imagem: Pixabay)

A demanda pela soja brasileira está tão forte que o maior produtor mundial está a caminho de importar uma quantidade recorde da oleaginosa.

As importações até julho quase triplicaram em relação ao mesmo período do ano passado, para 398 mil toneladas. No mês passado, atingiram um recorde para o período.

Embora o volume seja uma fração dos 51,2 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil no mesmo período, o crescimento revela uma situação atípica: o Brasil está ficando sem soja.

As indústrias de processamento têm importado soja do Paraguai para esmagamento, à medida que as exportações continuam batendo recordes.

A alta do dólar em relação ao real – que tem o pior desempenho neste ano entre as principais moedas – ajudou a impulsionar as exportações do país em meio à forte demanda chinesa.

Os volumes embarcados de janeiro a julho são os maiores para o período. Ao mesmo tempo, o consumo doméstico também cresce com o maior uso da soja para ração e biodiesel.

“Os números de importação serão ainda mais fortes no segundo semestre, com possibilidade de trazer algumas cargas até dos EUA”, disse Luiz Fernando Roque, analista da consultoria Safras & Mercado.

As importações de soja podem chegar a 1 milhão de toneladas neste ano, uma máxima histórica, afirmou.

Embora o Brasil tenha colhido um recorde de 121 milhões de toneladas neste ano, de acordo com as estimativas mais recentes do governo, o volume poderia ter sido maior se não fosse por uma quebra de safra no Rio Grande do Sul, o que também contribui para a maior necessidade de importações na região Sul.

Soja Terminal Tegram Portos 4
As importações de soja podem chegar a 1 milhão de toneladas neste ano, uma máxima histórica (Imagem: Divulgação/Tegram)

Os estoques finais de soja deste ano são estimados em 669 mil toneladas, o menor nível desde o início da série em 1999, segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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