Economia

Brasil: Preços ao Produtor recuam pelo 2º mês seguido, a 0,62% em março, aponta IBGE

08 maio 2025, 9:52 - atualizado em 08 maio 2025, 9:52
IBGE, IPP, Índice de Preços ao Produtor, Brasil, Economia
O índice de Preços ao Produtor (IPP) no Brasil recuou 0,62% em março (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Os preços ao produtor no Brasil recuaram em março pelo segundo mês seguido diante da queda nos preços dos alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8).

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,62% em março sobre o mês anterior, depois de ter caído 0,12% em fevereiro. Os dois meses de deflação seguiram-se a 12 resultados positivos seguidos.

O resultado do mês levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 8,37%.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 10 registraram variações negativas de preço em março sobre o mês anterior.

“Há uma série de fatores (para o resultado de março). As variações negativas nos preços de alimentos – em particular das carnes bovinas congeladas, produto de maior peso no setor – é um fator que explica em grande parte o movimento”, disse Alexandre Brandão, gerente do IBGE.

Alimentos foi o setor industrial de maior destaque no resultado de março do IPP, com queda de 1,35%, mostrando variação negativa pelo terceiro mês seguido e a queda mais forte desde junho de 2023 (-3,30%).

“Na comparação mensal, três grupos apresentaram variação negativa de preços, todas mais intensas que a média do setor (de alimentos): abate e fabricação de produtos de carne (-3,27%), fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais (-3,91%) e moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais (-2,61%)”, completou Brandão.

Já a atividade de indústrias extrativas foi a que apresentou a maior variação na comparação mensal, com recuo de 3,61%, exercendo a segunda maior influência no resultado do IPP.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Compartilhar

reuters@moneytimes.com.br