BusinessTimes

Brasil puxa vendas da maior engarrafadora chilena de Coca-Cola

19 ago 2020, 10:39 - atualizado em 19 ago 2020, 10:39
Coca Cola
As vendas no Brasil da Embotelladora Andina, com sede em Santiago, caíram bem menos do que no Chile, Argentina e Paraguai nos três meses até junho (Imagem: PIxabay)

A maior engarrafadora da Coca-Cola no Chile pode agradecer ao Brasil por suavizar o abalo causado pela pandemia do coronavírus no segundo trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As vendas no Brasil da Embotelladora Andina, com sede em Santiago, caíram bem menos do que no Chile, Argentina e Paraguai nos três meses até junho.

O Brasil também lidera uma recuperação em julho e agosto, dado que o governo resistiu à imposição de restrições estritas de quarentena em todo o país, segundo o CEO Miguel Angel Peirano.

A retomada em outros mercados importantes deve se acelerar no final do ano após o novo acordo com a unidade local da AB InBev para produção de cerveja, melhorando ainda mais as perspectivas, disse Peirano.

“A recuperação da demanda no Brasil está à frente na região devido à sua estratégia de enfrentar a Covid com restrições menos rígidas”, disse Peirano em entrevista ao programa de rádio Pauta Bloomberg.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após o sucesso inicial na contenção da Covid-19, o número de casos no Chile aumentou em maio e junho, provocando a volta das medidas de isolamento e o colapso nas vendas, afirmou o executivo.

Os volumes da Andina caíram apenas 6,9% no Brasil no segundo trimestre, comparado a 19% no Chile, 22% na Argentina e 12% no Paraguai, de acordo com resultados submetidos à autoridade reguladora local. O Brasil responde por 35% da receita da companhia e o Chile por 34%.

A empresa deve começar a colher em novembro os frutos do negócio com a AB InBev anunciado esta semana, segundo Peirano.

As negociações começaram antes da pandemia. A movimentação faz parte da estratégia da Andina de diversificar para bebidas alcoólicas após assinar acordos de distribuição nos últimos dois anos com a Diageo e a Cooperativa Agricola Pisquera Elqui, produtora de pisco. A parceria com a AB InBev terá duração de cinco anos, podendo ser renovada por mais cinco, de acordo com Peirano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Queremos ser uma empresa completa de bebidas e precisávamos fechar acordos em segmentos em que não estávamos presentes”, acrescentou o CEO. “Isso também nos permite servir melhor as lojas de bebidas alcoólicas, segmento que estávamos atendendo apenas parcialmente.”

Peirano não descarta que a Andina possa buscar possíveis acordos de distribuição com vinícolas para ampliar seu portfólio.

O contrato de distribuição de cerveja deve elevar a receita da Andina em até 22%, afirmou a BICE Inversiones em nota distribuída na segunda-feira.

Compartilhar

bloomberg@moneytimes.com.br