Saúde

Brasil supera 15 milhões de casos de Covid-19; mortes atingem 416.949

06 maio 2021, 19:02 - atualizado em 06 maio 2021, 19:02
Coronavírus
É triste ver o Brasil, referência internacional na área de saúde pública, ter um governo que não tem a mínima empatia pelo sofrimento da nossa população (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli

O Brasil se tornou nesta quinta-feira o terceiro país do mundo a superar a marca de 15 milhões de casos confirmados de coronavírus, após Estados Unidos e Índia, com o registro de 73.380 novas infecções elevando o total a 15.003.563, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

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Também foram contabilizados 2.550 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que faz com que o total de vítimas fatais de doença no país chegue a 416.949  a segunda maior contagem do mundo, abaixo apenas dos EUA.

Depois de atingir um pico de 4.249 mortes em um único dia em 8 de abril, na esteira da disseminação de uma variante mais transmissível do coronavírus, o país tem verificado recentemente uma estabilização dos índices da pandemia, ainda que em patamares elevados.

O recorde diário de mortes visto no início do mês passado ocorreu pouco após o registro da máxima diária de casos, em 25 de março, quando foram contabilizadas 100.158 novas infecções.

Mesmo com os altos números absolutos reportados pelo Ministério da Saúde, o baixo índice de testagem para o coronavírus no Brasil faz com que o número real de infectados tenda a ser muito maior, segundo o infectologista Roberto Medronho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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“Tudo isso em função de uma política desastrosa por parte do governo federal. Uma política negacionista, anticientífica e contrária ao isolamento social”, afirmou Medronho à Reuters.

“É triste ver o Brasil, referência internacional na área de saúde pública, ter um governo que não tem a mínima empatia pelo sofrimento da nossa população.”

Esta quinta-feira também foi marcada pelo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à CPI da Covid-19 no Senado. Nele, Queiroga destacou indicativos de que o país já deixou o pico da segunda onda, o que reduz a pressão sobre o sistema de saúde.

“A situação sanitária agora, desde que mantenhamos as medidas não farmacológicas e que avancemos na nossa campanha de imunização, é de um cenário onde vai haver uma queda –mas isso não significa dizer que devamos relaxar”, disse Queiroga.

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Pressionado, o ministro evitou se posicionar sobre falas do presidente Jair Bolsonaro em favor do uso da cloroquina como tratamento precoce e com ameaças às medidas restritivas adotadas por Estados e municípios. Ele disse, porém, que o isolamento físico e o uso de máscaras são importantes.

Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19, São Paulo atingiu nesta quinta as marcas de 2.969.680 casos e 99.406 mortes.

Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas, com 1.396.534 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, com 45.914 mortes.

O governo federal ainda reporta 13.591.335 pessoas recuperadas da Covid-19 e 995.279 pacientes em acompanhamento.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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