Política

Brasil tem no radar possível origem do óleo que atingiu praias, diz Bolsonaro

08 out 2019, 8:01 - atualizado em 08 out 2019, 11:07
Petróleo derramado não tem origem no Brasil (Imagem: Reuters/Diego Nigro)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que o governo brasileiro já sabe que o petróleo que atingiu as praias do Nordeste não é produzido ou vendido no Brasil, acrescentando que uma investigação para determinar a origem ainda está em curso.

Ele disse ainda que o governo “tem no radar um país que pode ser a origem do petróleo”. Mas o presidente não quis revelar qual nação está no foco da suspeita.

Uma análise realizada pela Petrobras indicou a Venezuela como origem do petróleo, segundo uma fonte com conhecimento da situação.

“Não parece ser um vazamento criminoso. Parece acidental”, disse a fonte, na condição de anonimato.

A fonte levantou a hipótese de ser petróleo de algum petroleiro que afundou na costa.

Procurada, a Petrobras disse que não confirma a informação de que o petróleo é venezuelano.

Em nota, a Petrobras reiterou que análise realizada pela empresa em amostras de petróleo cru encontrado nas praias atestou, por meio da observação de moléculas específicas, que a família de compostos orgânicos do material encontrado não é compatível com a dos óleos produzidos e comercializados pela companhia.

Os testes foram realizados nos laboratórios do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.

As misteriosas manchas de petróleo, encontradas no litoral do Nordeste desde o início do mês passado, já ameaçam 600 filhotes de tartarugas marinhas que nasceram nas praias de Sergipe e Bahia, disse à Reuters um representante do Projeto Tamar, organização não-governamental que atua pela preservação da espécie.

De acordo com mapa divulgado no domingo à noite pelo Ibama, o óleo já se espalha pelas costas de Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, onde chegou mais recentemente.

A fala de Bolsonaro ocorreu depois de uma reunião com as Forças Armadas e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que participou por videoconferência de Aracaju, para onde foi fazer um sobrevoo das regiões atingidas.

O presidente disse ainda que o petróleo “não parece vir de uma plataforma” e pode ser criminoso ou de algum navio afundado.

“Pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também. É complexo, existe a possibilidade, temos no radar um país que pode ser da origem do petróleo e continuamos trabalhando para dar uma satisfação à sociedade e também colaborar na questão ambiental”, disse o presidente.

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