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Morning Times

Brasil troca farpas com os EUA após confirmação das tarifas; o que esperar do Ibovespa nesta quinta (31)

31 jul 2025, 7:31 - atualizado em 31 jul 2025, 9:09
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Tarifa de 50% entra em vigor em agosto; Casa Branca também cancelou vistos de ministros do STF, e Planalto reagiu chamando ação de inaceitável. (Foto: Colagem Money Times - Reuters/Ken Cedeno e Agência Brasil/Ricardo Stuckert)

Está confirmado: o Brasil enfrentará uma tarifa de 50% se quiser importar produtos para os Estados Unidos.

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Ontem, o presidente Donald Trump assinou um decreto que eleva para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros. Apesar da medida, a Casa Branca divulgou uma lista ampla de exceções, que abrange cerca de 700 itens como suco de laranja, aeronaves civis, combustíveis, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.

Segundo o governo norte-americano, a ordem executiva entra em vigor em 6 de agosto e foi adotada em reação a ações do governo brasileiro que, na visão americana, representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA.

O documento reforça críticas já feitas por Trump e alega que atos do Brasil prejudicariam empresas e cidadãos americanos, incluindo casos de “censura” e “perseguição política” a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O texto cita nominalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de intimidar opositores, proteger aliados e impor sanções a empresas de tecnologia americanas que descumpriram ordens judiciais no Brasil.

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Como parte da retaliação, a Casa Branca determinou o cancelamento dos vistos de ministros do STF e de seus familiares, com exceção de André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foi incluído nas sanções.

Em resposta, a Secretaria de Comunicação publicou uma nota afirmando que o Brasil é um país soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes. “É inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira”, destaca.

No texto, o governo diz se solidariza com o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que um dos fundamentos da democracia e do respeito aos direitos humanos no Brasil é a independência do Poder Judiciário e qualquer tentativa de enfraquecê-lo constitui ameaça ao próprio regime democrático.

“No Brasil, a lei é para todos os cidadãos e todas as empresas. Qualquer atividade que afete a vida da população e da democracia brasileira está sujeita a normas. Não é diferente para as plataformas digitais”, aponta. “O governo brasileiro considera injustificável o uso de argumentos políticos para validar as medidas comerciais anunciadas pelo governo norte-americano contra as exportações brasileiras”, completa.

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O governo afirma que segue disposto a negociar aspectos comerciais da relação com os EUA, mas não abrirá mão dos instrumentos de defesa do país, previstos em sua legislação. “Já iniciamos a avaliação dos impactos das medidas e a elaboração das ações para apoiar e proteger os trabalhadores, as empresas e as famílias brasileiras.”

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Super Quarta

Ontem, como esperado, o Federal Reserve e o Banco Central mantiveram as suas respectivas taxas de juros estáveis.

No caso do Fed, a decisão da próxima reunião, marcada para setembro, ainda está indefinida. O presidente Jerome Powell destacou que os efeitos das tarifas de Trump já começaram a aparecer nos preços de alguns produtos. No entanto, pontuou que os impactos sobre a atividade econômica e sobre a inflação ainda não foram observados.

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“O processo (efeito das tarifas na economia) provavelmente será mais lento do que o esperado no início. Temos um longo caminho a percorrer para realmente entender exatamente o que acontecerá”, disse.

Já por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) comunicou uma pausa longa na Selic, mas sem descartar futuras altas, caso sejam necessárias.

A autoridade monetária reconhece que o ambiente internacional segue adverso e incerto, principalmente em razão da política econômica dos Estados Unidos. No entanto, também não deixou de destacar a preocupação com o cenário fiscal.

O Banco Central afirma que segue atento à forma como os desdobramentos da política fiscal influenciam a política monetária e os ativos financeiros.

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Internacional

Lá fora, o mercado também se prepara para o início das novas tarifas impostas pelo governo norte-americano, enquanto aguarda dados importantes para o Fed. Agora de manhã saem os números do Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), um dos principais indicadores inflacionário dos EUA.

Os investidores também avaliam os últimos acordos confirmados por Trump com a Coreia do Sul e o Paquistão.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida, enquanto os mercados europeus avançam nesta manhã. Em Wall Street, os índices futuros operam em forte alta, impulsionados pelos resultados positivos da Meta e Microsoft.

Petróleo

O petróleo registra queda, acompanhando o desenrolar das tarifas gerais de Trump. Além disso, a commodity segue pressionada pelo novo prazo imposto por Trump para que a Rússia encerre a guerra na Ucrânia, além das ameaças de tarifas contra países que continuarem comprando petróleo russo.

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Criptomoedas

As criptomoedas operam no positivo. O bitcoin (BTC) é negociado nos US$ 118 mil, apresentando uma alta de 0,2%. Já o ethereum (ETH) avança 1,7% e é negociado próximo dos US$ 3.800.

Temporada de balanços

A quinta-feira (31) promete ser movimentada com a divulgação dos resultados da Ambev (ABEV3) antes da abertura, e de empresas de peso como Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) após o fechamento.

Também estão programadas para o dia as divulgações do Mercado Livre (MELI34), Irani (RANI3) e Marcopolo (POMO4).

Ibovespa

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) terminou com alta de 0,95%, aos 133.989,74 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5892, com alta de 0,35%

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O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, subiu 0,19% no after-market de ontem, cotado a US$ 26,93.

Agenda: Veja a programação para hoje

Indicadores econômicos

  • 06h – Zona do euro – Taxa de desemprego
  • 08h30 – Brasil – Resultado primário do setor público consolidado de junho
  • 09h – Brasil – PNAD Contínua
  • 09h30 – EUA – PCE
  • 09h30 – EUA – Pedidos de auxílio-desemprego

Agenda – Lula

  • 9h30 – Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e Secretário de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela
  • 10h30 – Ministro da Casa Civil, Rui Costa
  • 14h40 – Secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza
  • 15h – Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e Chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Oswaldo Malatesta

Agenda – Fernando Haddad

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  • A agenda do ministro não foi divulgada

Agenda – Gabriel Galípolo

  • Despachos internos

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (31)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: +1%
  • Hong Kong/Hang Seng: -1,60%
  • China/Xangai: -1,18%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: +0,46%
  • Frankfurt/DAX: +0,05%
  • Paris/CAC 40: -0,06%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: +1,29%
  • S&P 500: +0,94%
  • Dow Jones: +0,31%

Commodities

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  • Petróleo/Brent: -0,62%, a US$ 72,01 o barril
  • Petróleo/WTI: -0,53%, a US$ 69,61 o barril
  • Minério de ferro: -2,38%, a US$ 108,26 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): +0,2%, a US$ 118.509
  • Ethereum (ETH): +1,7%, a US$ 3.859,67

Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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