Economia

Brasil: Vendas no varejo crescem menos que o esperado em março, mas renovam maior patamar da série

15 maio 2025, 9:53 - atualizado em 15 maio 2025, 9:53
Vendas do Varejo, Brasil, IBGE, Economia
As vendas no varejo brasileiro avançaram 0,8% em março, frente a fevereiro (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

As vendas do varejo no Brasil seguiram em alta pelo terceiro mês seguido em março e renovaram o maior patamar da série histórica, embora tenham ficado abaixo do esperado.

Em março, houve alta de 0,8% das vendas no varejo na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (15).

O resultado levou o setor a atingir o maior nível da série iniciada em janeiro de 2000, superando o nível recorde anterior, de fevereiro de 2025. Mas ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,0%.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve recuo de 1,0% nas vendas, contra expectativa de queda de 0,5%.

Um cenário de inflação elevada, política monetária retracionista e acomodação no mercado de trabalho devem levar a economia a uma desaceleração gradual neste ano, segundo analistas, podendo desanimar os consumidores, principalmente em relação a produtos mais dependentes de crédito.

Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo em março, seis tiveram resultado positivo sobre o mês anterior.

“No último mês, o que chama mais atenção é o perfil distribuído do crescimento intersetorial. Tivemos seis atividades em crescimento, inclusive as com mais peso, como a farmacêutica e hiper e supermercados”, destacou o gerente da pesquisa no IBGE, Cristiano Santos.

Os destaques foram os setores de Livros, jornais, revistas e papelaria (+28,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+3,0%).

Santos explicou que o desempenho positivo do setor de livros e jornais aconteceu em março desta vez, e não em fevereiro como nos últimos anos, por conta de variações no calendário escolar e variações nos momentos de fechamento de contratos novos.

Já as vendas de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 0,4% no mês. Os demais resultados positivos em março vieram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+1,2%); e tecidos, vestuário e calçados (+1,2%).

Tiveram retração nas vendas Móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (-2,1%).

“O setor de combustíveis e lubrificantes vinha de dois resultados no campo positivo em janeiro e fevereiro. No mês de março há um rebatimento desse crescimento, que reflete também uma demanda menor por combustíveis naquele mês”, disse Santos.

No comércio varejista ampliado –que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo –houve avanço de 1,9% em março sobre fevereiro.

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reuters@moneytimes.com.br
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