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BrasilAgro (AGRO3) e Boa Safra (SOJA3): O que esperar dos resultados do 1T24 e 3T23?

23 out 2023, 12:22 - atualizado em 23 out 2023, 12:22
brasilagro boa safra
Período marca a abertura de uma nova temporada para a BrasilAgro, enquanto Boa Safra se aproxima do fim dos resultados do ano (Imagem: Unsplash/@federicorespini)

Em duas semanas, a BrasilAgro (AGRO3) e a Boa Safra (SOJA3) divulgam seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre da safra 2023/2024 (1T24) e do terceiro trimestre de 2023 (3T23), respectivamente.

Enquanto o período marca a abertura de uma nova temporada para AGRO3, a SOJA3 se aproxima do fim dos resultados do ano.

O Agro Times compilou as projeções da XP Investimentos para as empresas. De acordo com a corretora, os resultados devem contar com números bem distintos.

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O que esperar de BrasilAgro?

A XP projeta resultados fracos para a empresa, refletindo margens baixas da safra velha de soja, embora melhores preços do açúcar já devem beneficiar a safra de cana-de-açúcar.

No geral, a corretora projeta receita líquida de R$ 267 milhões, queda de 13% em relação ao ano anterior, e Ebitda ajustado de R$ 24 milhões, queda de 78% em relação a 2022, com margem fraca de 8,9%.

Olhando para frente, a XP espera que as margens da cana-de-açúcar e soja se recuperem.

Ainda assim, a corretora permanece neutra, com preço-alvo de R$ 31,80 e potencial de alta de 9%, com uma visão baixista para os preços das commodities e possíveis riscos para a empresa na próxima safra, com o risco do El Niño, principalmente, para o milho.

Em entrevista ao Agro Times, o CEO da empresa explicou que os dois primeiros trimestres da safra são tradicionalmente mais fracos.

SOJA3 e a “boa safra” esperada

Para a Boa Safra, a expectativa é de um trimestre forte em termos de resultados, mas também pelo momento difícil dos fornecedores de insumos agrícolas.

Segundo a XP, o nível de comercialização da safra está abaixo da média histórica, com os produtores adiando suas tomadas de decisão em relação aos insumos o máximo que podem, o que empurra a sazonalidade para a maioria das empresas de insumos agrícolas para o quarto trimestre.

No entanto, a corretora estima crescimento de receita e Ebitda, impulsionado por maiores volumes e preços (maior adoção de tecnologia e TSI), abordando as preocupações dos investidores em relação a uma possível queda nos preços das sementes como resultado da queda nos preços da soja.

Dessa forma, a XP permanece otimista com o plano de expansão da Boa Safra, com a opinião de que a demanda por sementes aumentará nos próximos anos, impulsionada pelo aumento da área plantada e pela maior penetração de tecnologia entre os agricultores.

Além disso, a instituição vê espaço para um ambiente competitivo saudável nos próximos anos, já que a Boa Safra foi a líder de mercado em 2022, com uma participação de 7,4%, com expectativa para alcançar 11,9% até 2027.

A XP recomenda compra para ação, com preço-alvo de R$ 16,20 e potencial de alta de 25%. Fora isso, a corretora prevê melhoria nas margens da empresa em função de três fatores:

  •  aumento das sementes TSI no mix de receita, que adicionam margens mais altas ao negócio de sementes de soja;
  • aceleração do negócio de tolling de milho, que tem margens mais altas do que a média da Boa Safra; e
  • aumento de outras sementes (feijão, pastagem, trigo e sorgo) no mix de receita, embora ainda considere como opcional, devido ao seu tamanho ainda não relevante.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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