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BrasilAgro (AGRO3): Genial prevê cenário desanimador e corta preço-alvo; veja

06 fev 2024, 12:16 - atualizado em 06 fev 2024, 12:16
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A Genial espera uma relevante compressão na margem Ebitda para AGRO3 em virtude dos preços mais baixos de commodities agrícolas (Imagem: LinkedIn/BrasilAgro)

A BrasilAgro (AGRO3) reporta seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24) nesta quarta-feira (7), e a Genial Investimentos, em sua prévia, projetou resultados fracos para a empresa.

A corretora espera uma receita total de R$ 131 milhões, um forte recuo de 51,8% na comparação anual. Para o Ebitda, a projeção é de R$ 4,1 milhões, retração de 82,8% ano a ano, o que deve resultar em uma compressão de 5,6 pontos percentuais (p.p.) na margem Ebitda, que deve alcançar 3,1%.

Dessa maneira, a Genial projeta:

  1. top-line fraco, com recuo relevante na base anual, e uma margem EBITDA bastante comprimida;
  2. commodities agrícolas em queda devem seguir prejudicando a companhia;
  3. ainda há espaço para venda de terras agrícolas, mas preços já cederam;
  4. dividend yield na faixa de ~5% para 2024AF;

A recomendação para a ação é neutra, com o preço-alvo passando de R$ 28 para R$ 27,50.

O que explica os números mais fracos de AGRO3?

O trimestre mais fraco para BrasilAgro é reflexo de um recuo de receita na base anual, refletindo uma queda na área plantada e uma produtividade mais baixa da terra.

Seguindo essa dinâmica de resultados em desaceleração, a Genial espera uma relevante compressão na margem Ebitda em virtude dos preços mais baixos de commodities agrícolas, como da soja e do milho.

Uma série de ventos desfavoráveis deve ter prejudicado o trimestre, como:

  1. regiões com produtividades afetadas, em especial, o Mato Grosso (MT);
  2. preços das commodities soja e milho em contínua tendência de queda;
  3. desoneração de combustíveis ao final de 2022 e começo de 2023, que impactou negativamente a curva de preço do etanol, e inviabilizou melhores margens no segmento de cana-de-açúcar.

Novas vendas de fazendas e commodities

A corretora vê espaço para novas vendas de fazenda da BrasilAgro, em especial na Bahia e no Paraguai. No entanto, o mercado imobiliário de terras agrícolas já não tem mais negociado a preços tão elevados como nos últimos anos.



Por outro lado, nos próximos trimestres, a Genial espera que a companhia intensifique a compra de terras agrícolas, considerando preços mais atrativos e melhores condições de leasing, respeitando a tendência do modelo mais asset light adotado pelas companhias do setor.

Por fim, para os próximos trimestres, a corretora segue pessimista pela queda das commodities, considerando que mesmo a redução da área plantada que está sendo realizado tanto pela BrasilAgro como por outros produtores, não está surgindo efeito significativo para elevação de preços, contrariando a nossa percepção ao final do ano passado.

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