BrasilAgro (AGRO3): O timing das compras de terras atrasou, mas não passou, diz diretora de RI

O apetite e o momento de ir às compras não acabou na BrasilAgro (AGRO3), segundo a diretora de relações com investidores, Ana Paula Zerbinati.
No entanto, ela reforça que esse timing sofreu com um atraso desde que ela conversou com o Money Times em novembro de 2024, quando ela disse que era “hora de sair comprando”. Na época, a Selic era de 11,25%
“O que aconteceu é que houve um atraso. Tínhamos um sentimento que as compras aconteceriam no 1º semestre e isso acabou não acontecendo. As oportunidades surgiram, mas não conseguimos finalizar de fato os negócios que faziam sentido em termos de preço. O mercado de disponibilidade não mudou, mas estamos vendo um atraso”, falou, ao portal.
- LEIA TAMBÉM: O dinheiro que trabalha para você! Veja como receber uma carteira para buscar geração de renda passiva, de forma prática e gratuíta
Isso se deu por conta dos níveis mais elevado para a taxa básica de juros, o maior endividamento para o produtor rural e problemas vistos na safra 24/25.
“Tem algo que é recorrente, algo histórico até, que é o produtor deixar para fazer vendas após o final do ciclo, quando ele sabe o que vai acontecer com a safra. Ou seja, lá para janeiro/fevereiro ele queria entender o que iria acontecer. Acho que agora, com uma safra não tão boa, talvez o cenário para compra seja mais favorável para compras nos próximos 6-12 meses”.
Apesar de não adquirir novas terras agrícolas em 2025, a BrasilAgro realizou a venda da Fazenda Preferência em julho por R$ 141,4 milhões.
Durante o BrasilAgro Day, que aconteceu na última sexta-feira (26), no estádio Morumbis, a diretora também destacou a preocupação com as recuperações judiciais no agronegócio, que cresceram 128% em 2024 e já avançaram 40% neste ano.