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Braskem (BRKM5) contrata assessores para otimizar estrutura de capital, em meio ao sufoco financeiro

26 set 2025, 8:28 - atualizado em 26 set 2025, 8:28
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A Braskem informou ao mercado a contratação de assessores financeiros (Imagem: Divulgação/Braskem)

Em meio ao sufoco financeiro, a Braskem (BRKM5) informou a contratação de assessores financeiros e jurídicos para a busca de alternativas que otimizem a estrutura de capital da petroquímica, mostra fato relevante divulgado ao mercado nesta sexta-feira (26).

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A companhia afirma que foco está na implementação de iniciativas de transações que mitiguem os impactos do prolongado ciclo de baixa da indústria e o fortalecimento da competitividade no setor brasileiro.

Recentemente, a Braskem sofreu rebaixamento na nota de crédito, de “BB-” para “B+“, pela agência classificadora de risco S&P, sob o peso da queima de caixa. As ações da petroquímica acumulam queda superior a 30% no ano.

Em relatório de meados deste mês, a S&P apontou que mesmo a continuidade da melhora de rentabilidade e preservação da liquidez não devem ser suficientes para reverter a queima de caixa da Braskem nos próximos trimestres.

Os analistas da agência reconheceram que a Braskem já busca ativamente iniciativas para redução de custos, melhorias na eficiência do capital de giro e potenciais vendas de ativos, além de esperarem um benefício pelas tarifas antidumping.

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No entanto, a avaliação é de que as principais métricas de crédito da petroquímica permanecerão alinhadas a uma nota de crédito mais baixa nos próximos 12 meses, com a relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mede a alavancagem, acima de 7 vezes. No geral, quanto maior número, maior o risco.

O financeiro da Braskem

No segundo trimestre deste ano, a Braskem até chegou a apresentar um recuo de 93% no prejuízo em comparação anual, totalizando R$ 267 milhões. No entanto, a cifra reverteu o lucro visto nos primeiros três meses do ano e reforçou o tom negativo do balanço. A receita líquida também caiu, saindo de R$ 19,07 bilhões para R$ 17,86 bilhões.

À época da divulgação, a XP Investimentos classificou os números como “bem abaixo das expectativas”.

A companhia queimou R$ 1,45 bilhão em caixa no trimestre, mesmo com maior controle de capital de giro. Mesmo tentando organizar melhor suas contas, a empresa viu seu endividamento aumentar.

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A dívida total chegou a US$ 6,8 bilhões e capacidade da empresa de gerar dinheiro para pagar o que deve diminuiu bastante (a relação dívida líquida/Ebitda LTM [isto é, dos últimos 12 meses] subiu de 8,0 vezes para 10,6 vezes). 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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