Empresas

Braskem (BRKM5) despenca quase 7% após Santander recomendar venda da ação; entenda

16 out 2025, 18:19 - atualizado em 16 out 2025, 18:19
Day Trade, Empresas, Investimentos, Braskem, BRKM5, BTG Pactual, BPAC11
Ações da Petz também são recomendação de compra no day trade desta quinta-feira (Imagem: Divulgação/Braskem)

As ações da Braskem (BRKM5) despencaram quase 7% nesta quinta-feira (16), após o time de analistas do Santander rebaixar a recomendação da companhia de neutra para outperform (abaixo do desempenho do mercado, equivalente à venda). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre os principais fatores para a mudança, segundo o banco, estão a baixa visibilidade e o risco crescente de liquidez da companhia. 

No fim de setembro, a petroquímica anunciou a contratação de assessores que ajudarão na reestruturação do seu capital — o que despertou uma crise de confiança em parte do mercado, que teme um pedido de recuperação judicial. 

A movimentação, para especialistas, não traz nenhuma sinalização oficial de que a empresa pretende recorrer à Justiça para evitar pagamentos a credores. No entanto, na situação atual da Braskem, qualquer temor do tipo acaba escalando por conta da atual situação da companhia: ela está em um setor intensivo e em uma situação financeira delicada.

“A incerteza sobre a estrutura acionária (Novonor, Petrobras e credores) deixa os minoritários expostos, com três possíveis desfechos: capitalização, conversão da dívida em ações ou haircut (perdão parcial de dívida)”, fala o time do Santander, liderado por Rodrigo Almeida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Braskem fechou o segundo trimestre de 2025 (2T25) com uma dívida líquida de US$ 6,8 bilhões e um múltiplo de alavancagem, medida pela sua relação com o Ebtida (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês), de 10,59x. Apenas entre abril e junho, a empresa queimou R$ 1,4 bilhão em caixa.

“Estimamos queima de caixa de aproximadamente US$ 310 milhões em 2026, podendo chegar a US$ 1 bilhão em 18 meses caso os incentivos fiscais não sejam totalmente implementados”, dizem os analistas. “Com isso, a liquidez pode ficar abaixo do mínimo exigido”.

Para o Santander, ainda há outros fatores que pioram a situação da Braskem: o atual cenário dos spreads petroquímicos e o protecionismo.

“Vemos um cenário de spreads e margens continuamente pressionados em todas as resinas e uma recuperação mais lenta do que o esperado. O setor permanece em seu ciclo de baixa, já que a oferta global excessiva e a demanda fraca continuam pesando sobre os preços, enquanto a volatilidade nos custos de frete e a revisão de tarifas de importação dominam a narrativa de curto prazo, especialmente no Brasil e no México”, diz a equipe. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Santander diminuiu o preço-alvo das ações da Braskem para US$ 2,80, contra US$ 4,50 anteriomente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
vitor.azevedo@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar