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Braskem sai de “2019 ruim” e entra num 2020 com coronavírus, e BB Investimentos não perdoa

09 abr 2020, 13:17 - atualizado em 09 abr 2020, 13:17
Vem, 2021: Braskem enfrenta dois anos difíceis, segundo BB Investimentos (Imagem: Dado Galdieri/Bloomberg)

A Braskem (BRKM5), definitivamente, não sentirá saudades desta época. A maior petroquímica das Américas teve um desempenho considerado negativo pelo BB Investimentos, tanto no quarto trimestre, quanto no acumulado de 2019.

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E, para piorar, a pandemia de coronavírus não tornará as coisas mais fáceis em 2020. Por isso, o BB Investimentos promoveu um grande corte no preço-alvo do papel: de R$ 45 para R$ 25, com recomendação de market perform, isto é, o desempenho esperado do papel igual ao do mercado.

A nova cifra representa um potencial de alta de 51,4% sobre a cotação usada como referência pela gestora do Banco do Brasil (R$ 16,51).

Daniel Cobucci, que assina o relatório, afirma que “esse foi um trimestre negativo, que ajudou a consolidar o ano de 2019 como ruim para a companhia, dentro do contexto de menores margens, por conta da redução nos spreads de produtos petroquímicos no mercado internacional, e também pelos impactos financeiros oriundos do incidente em Alagoas”.

Como se sabe, a Braskem foi responsável por crateras abertas em bairros de Maceió, devido à extração de sal-gema. A companhia provisionou R$ 3,4 bilhões para pagar indenizações.

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O problema é que 2020 não será melhor, segundo o BB Investimentos. Além dos preços continuarem pressionados no mercado internacional de produtos químicos, a empresa terá de enfrentar “o atual agravamento da situação, pelo lado da demanda global, por conta dos impactos ocasionados pelo surto de Covid-19”.

O mercado parece concordar com o BB Investimentos. Às 13h14, as ações da Braskem recuavam 1,45% e eram negociadas a R$ 16,27. No mesmo instante, o Ibovespa, principal índice da B3, subia 0,67%, para 79.147 pontos.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.