Brava (BRAV3) cai 4% após produção de outubro e balanço do 3T25

(Imagem: iStock/claffra)

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As ações da Brava Energia (BRAV3) caíam 3,8%, a R$ 14,76, por volta das 12h desta quinta-feira (6) após a divulgação dos dados de produção de outubro e dos resultados do terceiro trimestre de 2025. O Brent exibia uma baixa menos expressiva, de 0,7%, enquanto outras companhias do setor subiam menos de 1%.

A petroleira júnior acumula queda de 36% neste ano, em meio à incerteza sobre o preço do petróleo e dificuldades operacionais. Analistas, em geral, têm colocado Petrobras (PETR4) e Prio (PRIO3) à frente da Brava quando o tema é exposição ao setor nas carteiras de investimento, embora a companhia tenha recomendação de compra.

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Mais cedo, a Brava informou uma produção total líquida de 85,2 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed) em outubro, uma queda de 6,6 kboed em relação a setembro.

Segundo a XP Investimentos, o resultado já era em parte esperado porque em 9 de outubro a companhia havia informado paralisação parcial da produção do cluster Potiguar devido a uma auditoria programada pelo órgão regulador (ANP). A empresa informou que já apresentou parte da documentação necessária para retomar as operações.

A corretora estima que cada interrupção de 5 kbpd por 30 dias pode reduzir o fluxo de caixa livre em cerca de US$ 8 milhões por mês, equivalente a aproximadamente 0,5% do valor de mercado.

E o balanço da Brava?

O balanço do terceiro trimestre da Brava foi bem avaliado pelos analistas, embora a empresa tenha registrado uma queda de 75,8% no lucro, a R$ 120,7 milhões – resultado melhor do que o esperado. 

O lucro foi impactado, principalmente, pela despesa financeira relacionada à antecipação dos recebíveis atrelados ao financiamento da companhia ao projeto de adaptação do FPSO Atlanta, sendo um efeito de natureza exclusivamente contábil, sem impacto caixa, disse a Brava.

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Desconsiderando isso, o lucro líquido ajustado foi de R$ 681,3 milhões (ou US$ 125,0 milhões), já considerando os efeitos fiscais, informou a companhia.

Para o banco Safra, a Brava Energia apresentou bons resultados e manteve uma tendência positiva, refletida em números maiores de produção, menor custo de extração e redução da alavancagem, destaque do trimestre.

No período, a produção atingiu 92 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), alta de 77,5% em relação ao 3T25. Esses ganhos refletiram na redução do lifting cost para US$ 13 por barril, o menor da história da Brava e 21,5% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

“Um ponto de atenção continua sendo a trajetória dos preços do Brent. Embora a Brava execute bem internamente, a dinâmica externa do mercado permanece como um risco para o setor“, escreveram os analistas do Safra.

O banco Safra tem a recomendação outperform (equivalente a compra) para as ações da Brava Energia (BRAV3), com preço-alvo de R$ 27, o que representa um potencial de valorização de 76%. O Itaú BBA tem a mesma recomendação, com preço-alvo de R$ 28.