Brava (BRAV3): Interdição é evento pontual, dizem analistas; ação sobe 2,5%

As ações da Brava (BRAV3) subiam 2,5%, a R$ 16,01, nesta segunda-feira (13), em dia de recuperação após sete quedas consecutivas e acompanhando o avanço de 1,8% do petróleo no mercado internacional.
Em segundo plano, investidores repercutiam a conclusão da auditoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na Bacia Potiguar, que resultou na interdição temporária de um conjunto de instalações já paralisadas para adequações. Na sexta as ações chegaram a cair também por conta da paralisação em Potiguar.
Segundo a Genial Investimentos, a medida tem caráter pontual e não altera os fundamentos da companhia.
“A interdição parcial representa um evento técnico, sem efeito estrutural sobre a tese de investimento da Brava. O impacto operacional é limitado (inferior a 4% da produção) e, do ponto de vista de valuation, tende a ser neutro no médio prazo. Mantemos visão positiva sobre a execução do plano de crescimento e geração de caixa”, avaliou a corretora.
A Brava estima um impacto de cerca de 3,5 mil boe/d na média de outubro, o equivalente a 3,8% da produção total do 3T25. A empresa destacou que a produção dos últimos 30 dias se mantém acima de 90 mil boe/d, mesmo considerando parte dos efeitos da interdição, e que os investimentos necessários para as correções já estão previstos no orçamento de 2025/2026.
A petrolífera afirma que está direcionando esforços para implementar as adequações solicitadas pela ANP e viabilizar a retomada gradual das operações nos ativos interditados, com expectativa de concluir esses trabalhos ao longo do quarto trimestre de 2025.
No início de outubro, a Brava Energia reportou produção média diária de 91.833 barris de óleo equivalente (boe) em setembro, abaixo dos 92.693 barris de agosto, encerrando o terceiro trimestre com uma média de 91,8 mil boe/d, alta de 7% em relação os três meses anteriores.