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Brava (BRAV3) sai do período mais desafiador e mira dividendos, diz Genial

16 ago 2025, 15:00 - atualizado em 15 ago 2025, 16:16
Brava Energia
(Imagem: iStock/claffra)

A Genial Investimentos manteve uma visão construtiva para a Brava Energia (BRAV3) após o Dia do Investidor, avaliando que a companhia superou o período mais desafiador de sua história recente — marcado por pesados investimentos nos campos Papa-Terra e Atlanta e oscilações na produção em 2024.

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Para a corretora, desde o início de 2025 a empresa vem entregando o prometido: produção consistente, redução dos investimentos com a entrada em operação dos projetos, captura de sinergias da fusão entre 3R e Enauta, gestão da dívida e desalavancagem via geração de caixa.

Para os próximos 12 meses, a corretora vê como principal motor de valorização a expansão do caixa operacional e a queda do endividamento.

A Genial projeta que, no quarto trimestre de 2026, novas perfurações em ativos offshore devem colocar a Brava em outro patamar de geração de caixa, abrindo espaço para distribuição de dividendos.

Apesar do otimismo, o relatório afirma que hoje os gatilhos de valorização são mais claros na Prio (PRIO3) do que na BRAV3. A recomendação para a Brava está sob revisão.

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Atlanta e Papa-Terra como motores de crescimento

A companhia reafirmou, segundo a Genial, a meta de estabilizar a produção em 100 mil barris por dia (bpde) e prevê duas novas perfurações em Atlanta no 4T26, elevando de seis para oito o número de poços produtores.

A taxa interna de retorno estimada é de 38% em termos reais, considerando o preço atual do brent, com reflexos na produção a partir de 2027.

Em Papa-Terra, a produção estável em 19 mil bpde já marca máxima histórica. A empresa pretende ampliar a taxa de recuperação de cerca de 3% para até 15% do óleo in place (VOIP), o que implicaria novo salto produtivo para 30-35 mil bpde até o fim de 2026.

As novas perfurações têm taxa de retorno estimada em 33%. Mesmo com petróleo pesado, a Brava conseguiu reduzir o desconto comercial para patamar de um dígito.

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Geração de caixa e redução da dívida

A produção média chegou a 91 mil bpde em julho e deve alcançar 100 mil até dezembro. A empresa projeta Ebitda anual de US$ 1 bilhão, ou pelo menos US$ 250 milhões por trimestre.

A meta é encerrar 2025 com alavancagem inferior a 2 vezes dívida líquida/Ebitda e iniciar o pagamento de dividendos em 2026, quando a alavancagem cair abaixo de 1,5 vez, destacou a Genial

Diversificação e estratégia no onshore

A Brava pretende manter o portfólio diversificado entre operações onshore, offshore e de refino/trading, aproveitando flexibilidade operacional e sinergias, disse a Genial.

A companhia também busca reduzir ainda mais o desconto comercial de seu petróleo pesado, com meta adicional de corte de cerca de US$ 0,50 por barril.

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No onshore, a expectativa é de manutenção da produção, com menor investimento em perfuração devido ao foco na desalavancagem.

A empresa aposta em técnicas avançadas de recuperação, como injeção de polímeros, para melhorar o desempenho dos campos.

Brava no 2T25

A petroleira registrou lucro líquido de R$ 1,05 bilhão no segundo trimestre, com impulso de recordes de produção, receita e resultados operacionais, informou a empresa nesta quarta-feira.

O resultado reverteu um prejuízo líquido de R$ 582,1 milhões no mesmo período do ano anterior.

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“A gente vem consolidando uma trajetória de entrega de resultados… tivemos um aumento de margem, melhora de caixa, dos endividamentos, foi um trimestre repleto de coisas boas”, disse o presidente da companhia, Decio Oddone, em entrevista à Reuters.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado somou recorde de R$1,33 bilhão entre abril e junho deste ano, alta de 29% ante o mesmo período de 2024.

O capex também foi reduzido no período, marcando o segundo trimestre consecutivo com redução na linha de investimentos, segundo a companhia. Isso foi possível, especialmente, pela finalização da primeira etapa do projeto Atlanta, que incluiu a perfuração de dois novos poços, a conexão de seis poços ao novo FPSO que entrou em operação em janeiro e a instalação de novos equipamentos submarinos.

Do lado da alavancagem, Oddone afirmou que a empresa encerrou o trimestre com US$ 933 milhões em caixa e indicador de dívida líquida/Ebitda de 3,1 vezes, reduzindo em 0,3 vez quando comparado com o primeiro trimestre. A expectativa, segundo o executivo, é encerrar o ano com o indicador de endividamento abaixo de 2 vezes e chegar a cerca de 1,25 vez em um prazo mais longo.

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Sobre eventuais aquisições, Oddone afirmou que a empresa não tem atualmente “nada no radar”. “Nosso foco agora é desalavancar… e entrega operacional”, afirmou.

A receita líquida da empresa somou R$3,14 bilhões, alta de 0,4% ante o mesmo período do ano passado.

*Com informações da Reuters

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