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Brava (BRAV3): Santander vê sólido desempenho operacional e eleva preço-alvo

22 set 2025, 14:35 - atualizado em 22 set 2025, 14:35
Brava Energia
(Imagem: iStock/claffra)

O Santander elevou o preço-alvo da Brava Energia (BRAV3) de R$ 25 neste ano para R$ 29 ao fim de 2026 e reiterou a recomendação outperform (equivalente a compra). Segundo o banco, o ajuste reflete o sólido desempenho operacional no acumulado do ano, sustentado pelos ativos offshore Atlanta e Papa-Terra.

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O banco destaca que Atlanta e Papa-Terra seguem como principais vetores de crescimento da companhia, especialmente diante da campanha de perfuração integrada prevista para 2026 e 2027. Além disso, iniciativas de otimização de custos e investimentos, na avaliação da instituição, podem reforçar o fluxo de caixa projetado para o período.

De acordo com o Santander, a Brava permanece como uma aposta alavancada, com ponto de equilíbrio médio de fluxo de caixa livre (FCF) em 2026-27 próximo de US$ 52 por barril de óleo equivalente (boe) e ainda elevada alavancagem financeira. A visão mais negativa do mercado em relação aos preços do petróleo também limita um posicionamento mais positivo dos investidores.

Mesmo assim, o banco avalia que o desempenho atual da companhia, aliado a um Brent próximo de US$ 65 o barril, pode resultar em surpresas positivas no fluxo de caixa trimestral, já que deve ser suficiente para cobrir capex, despesas financeiras e earnouts nos próximos trimestres.

O Santander também projeta trajetória sólida de desalavancagem, com Dívida Líquida/Ebitda (incluindo arrendamentos) em torno de 1,5 vez no fim de 2026.

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Produção da Brava

O Santander prevê que a produção da Brava alcance entre 90 e 95 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed) no segundo semestre de 2025, contra 78 kboed no primeiro semestre, sustentada pela conclusão da Fase 1 de Atlanta, maior eficiência nos FPSOs de Atlanta e Papa-Terra e produção de gás mais estável em Manati.

Para 2026, a projeção é de produção média de 89 kboed, alta de 5% em relação a 2025, apoiada em Atlanta, na monetização de gás no Recôncavo, no início da produção dos poços PPT-52/53 no quarto trimestre e em estabilidade na região de Potiguar.

Já para 2027, o banco espera aumento com a entrada da Fase 2 de Papa-Terra no segundo trimestre, além do impacto positivo das perfurações em Papa-Terra no fim de 2026.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.