Brava Energia (BRAV3) desiste de vender ativos onshore e de águas rasas na Bahia

A Brava Energia (BRAV3) desistiu do processo para a venda de ativos onshore (em terra) e de águas rasas em campos localizados na Bahia.
No comunicado enviado ao mercado na quinta-feira (8), a companhia apontou os recordes de produção e maior eficiência operacional desses ativos da Bahia ao longo dos últimos trimestres como uma das razões para a decisão.
Segundo a Brava, esses ativos fortalecem a posição estratégica no segmento de gás e potencializam as sinergias de um portfólio integrado.
- VEJA MAIS: Eletrobras (ELET3), Taesa (TAEE11) e Alupar (ALUP11) no 1º trimestre de 2025 – em quais elétricas vale a pena investir com a temporada de balanços?
Somado a isso, está o início da operação do FPSO Atlanta e atingimento de maior eficiência operacional em Papa-Terra, apontados como os dois principais projetos offshore (no mar) da petrolífera.
“Nesse contexto, a administração optou por manter um portfólio de ativos diversificado, mitigando os riscos inerentes à concentração de operações em projetos específicos, de forma a assegurar resiliência de produção em um mercado dinâmico”, diz a Brava.
Brava Energia perfurará mais dois poços no campo de Atlanta até o final do ano
Segundo o falas do presidente-executivo Decio Oddone à Reuters, a petrolífera deve iniciar a perfuração de mais dois poços no campo de Atlanta, na Bacia de Santos, até o final do ano.
Os dois poços deverão estar produzindo em meados de 2027, elevando o número total de poços no campo de Atlanta para oito, disse Oddone, nos bastidores da conferência da OTC em Houston.
Espera-se que a produção no campo permaneça em torno de 45 mil barris por dia (bpd), disse o executivo, observando que os dois novos poços compensariam o declínio da produção em outros poços.
“Vamos conectar dois poços agora em junho. E depois, no final do ano, começaremos a perfurar mais dois poços que conectaremos no final de 2026”, disse ele.
Oddone disse que a produção de Atlanta está sendo vendida em Cingapura como combustível marítimo e para geração de energia, pois é um óleo pesado com baixo teor de enxofre. Nos últimos meses, a empresa anunciou acordos para vender o petróleo de Atlanta para Trafigura e Shell.
A Brava, formada a partir de uma fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta no ano passado, iniciou a produção em Atlanta em dezembro.
*Com informações da Reuters