BRF (BRFS3): BB Investimentos eleva preço-alvo por dinâmicas positivas para 2025

O BB Investimentos elevou seu preço-alvo para BRF (BRFS3) de R$ 30,30 para R$ 33 (potencial de alta de 63,8%), mantendo sua recomendação de compra.
“A BRF entregou sólidos resultados em 2024, fruto não apenas da melhora da conjuntura econômica do setor de proteína de aves e suínas, mas também dos esforços envidados para buscar maior eficiência em suas operações, o que resultou em uma forte geração de caixa e redução da alavancagem financeira”, vê Georgia Jorge, analista que assina o relatório.
Em 2025, o BB Investimentos entende que a dinâmica de oferta e demanda do setor de proteínas de aves e suínas seguirá positiva para os frigoríficos.
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“Se, por um lado, devemos observar maior pressão proveniente da elevação do custo da ração animal, em especial do milho, veremos, por outro lado, a maior possibilidade de repasse da elevação dos custos da proteína bovina ao consumidor, o que implica na migração de demanda para proteínas mais baratas, como de aves e suínos”, enxerga.
BRFS3: Os benefícios da guerra comercial e demanda aquecida
Fora essa questão, o BB Investimentos acredita que os frigoríficos brasileiros vão se beneficiar da guerra comercial em curso, com a China impondo tarifas entre 10% e 15% sobre produtos agrícolas norte-americanos, tornando mais atrativo o custo dos produtos brasileiros, além dos ganhos obtidos pelos frigoríficos nas exportações em função do real desvalorizado frente ao dólar.
A analista ainda vê um cenário de demanda externa aquecida e de oferta mundial mais restrita, em especial diante do surto de gripe aviária vivenciado pelos produtores nos Estados Unidos.
A BRF ainda vem realizando um trabalho de habilitação para novos destinos de exportação. Sobre esse assunto, o CEO da companhia comentou que a BRF tem um pipeline de 50 habilitações previstas para 2025.
“As ações BRFS3 acumulam uma desvalorização de cerca de 25% desde o início do ano, refletindo, em nossa visão, a preocupação dos investidores com a elevação dos custos na criação de aves e suínos e o impacto disso nas margens da companhia. Contudo, conforme apontamos anteriormente, entendemos que a dinâmica de oferta e demanda em 2025 permitirá a manutenção dos preços das proteínas em bons patamares, compensando parcialmente a elevação dos custos”.