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BRF (BRFS3): Goldman Sachs eleva preço-alvo e XP vê momento muito positivo; hora de comprar?

23 ago 2024, 11:56 - atualizado em 23 ago 2024, 12:07
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Apesar de ver o momento positivo para ação, BRF já não é mais a top pick da XP dentro do setor; o que fazer com as ações?

Goldman Sachs e a XP Investimentos atualizaram suas estimativas para BRF (BRFS3), após os resultados do 2T24 para o frigorífico. No período, a empresa registrou um lucro de R$ 1,094 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 1,337 bilhão no 2T23.

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Para 2024, o Goldman elevou sua estimativa em 15% para o Ebitda, para R$ 9,964 bilhões, e em 5% para 2025, para R$ 7,531 bilhões, com base na lucratividade mais forte nas operações internacionais.

No entanto, para 2026, o banco cortou o Ebitda em 5%, para R$ 6,5 bilhões, com expectativa de uma normalização da oferta e demanda global.

Com isso, o preço-alvo para BRF foi elevado de R$ 19,50 para R$ 22,10 (queda de 12,54% frente ao preço atual) para os próximos 12 meses, com base na SOTP (soma das partes) baseada em múltiplos, onde o múltiplo EV/Ebitda alvo de saída do 5º ao 8º trimestre rende 7,0x, em linha com o nível histórico de negociação do par global de frango PPC (aumento de 6,3x anterior).

BRFS3: Fatores de alta e baixa para ação, segundo Goldman

A mudança no preço-alvo se dá pelo maior Ebitda e ao múltiplo de saída. Entre os principais riscos de alta para ação, estão:

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  1. Ganhos operacionais contínuos;
  2. Preços de grãos substancialmente mais baixos;
  3. Possível interrupção do fornecimento em exportadores globais concorrentes;
  4. Abertura de novos mercados;
  5. Potencial atividade de fusões e aquisições.

Já os principais riscos de baixa na visão do Goldman são:

  1. Aumento da inflação de grãos;
  2. Potenciais embargos de exportação, proibições e/ou interrupções sanitárias;
  3. Aumento da concorrência e/ou maior oferta de produtos;
  4. Volatilidade de hedge;
  5. Elasticidade da demanda macro e geral.

XP enxerga cenário muito favorável

A XP, por sua vez, conta com uma previsão para o Ebitda ajustado do frigorífico 14% e 15% acima do consenso para 2024 e 2025, respectivamente.

“Estamos atribuindo um múltiplo alvo de 7,0x para 2025, o que implica em um preço-alvo de R$ 30,8 (potencial de alta de 19,4%) em 2024. Estimamos que a BRF seja negociada a 5,7x e 6,0x EV/EBITDA para 2024 e 2025, respectivamente, com rendimentos projetados de FCF Yield de 11,2% e 8,7% no mesmo período”, explicam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.

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Apesar de ser uma recomendação de alta convicção, os analistas da XP não enxergam BRF como sua top pick dentro do setor, já que a JBS (JBSS3) tomou o lugar do frigorífico dado o valuation atrativo (EV/EBITDA de 4,6x e FCF Yield de 18,3% para 2024).

“Nosso otimismo em relação à tese de investimento da BRF se deve tanto aos fundamentos favoráveis do mercado quanto aos esforços significativos de turnaround da nova administração. Desde que a nova gestão iniciou uma reforma da operação no 3T22, as ações passaram por uma reavaliação, que esperamos que persista, já que o ciclo ainda não atingiu o pico”.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.