BRF (BRFS3) lucra R$ 735 milhões, queda de 32,8% no ano

A BRF (BRFS3), dona das marcas Sadia e Perdigão, registrou um lucro líquido de R$ 735 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), queda de 32,8% frente ao mesmo período de 2024.
O recuo na última linha se deu apesar de a receita ter crescido 2,9% na mesma comparação, para R$ 15,3 bilhões. Apesar de a BRF ter registrado uma queda dos volumes vendidos, de 1,3%, o preço médio do quilo subiu 4,2%, para R$ 12,51.
Por segmento, o Brasil registrou um avanço de 17,6% da receita, para R$ 8,1 bilhões. A BRF atribuiu o resultado a bom desempenho comercial, que levou a um volume recorde de vendas, e à “resiliência do consumo de alimentos” no país.
No internacional, a receita líquida caiu 4,7%, para R$ 6,7 bilhões. A companhia explica que os bloqueios temporários da carne de frango brasileira, por conta dos casos de gripe aviária, resultou na retração de volumes vendidos.
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“Durante o trimestre, diversos destinos importantes para a exportação brasileira de frango, como os países da União Europeia, China, Arábia Saudita, Coreia do Sul, México e Chile, foram bloqueados total ou parcialmente, com alguns bloqueios persistindo até o dia de hoje” diz a companhia, no documento publicado na noite desta quinta-feira (14).
O custo de produtos vendidos subiu 2,5% no ano, para R$ 11,2 bilhões, explicado, segundo a BRF, pelo aumento do custo do consumo de grãos e óleos. A companhia também menciona que a hiperinflação na Turquia sobre suprimentos e serviços pesou, impulsionando os custos.
As despesas operacionais cresceram 8,4%, para R$ 2,3 bilhões. Entre as justificativas estão gastos com ações de marketing (principalmente no Brasil e no Chile), maiores despesas com logística e com pessoal.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado da BRF ficou em R$ 2,5 bilhões, queda de 4,5% frente ao 2T24. A margem Ebitda recuou 1,3 ponto, a 16,3%.
A BRF teve um resultado financeiro negativo em R$ 696 milhões, contra R$ 390 milhões um ano antes. Destaque para os maiores gastos com juros, ajustes a valor presente e proteção cambial. A companhia fechou junho com uma dívida líquida de R$ 4,7 bilhões.