Agronegócio

BRF derrapa no Oriente Médio e Citi revê projeções

11 jul 2017, 0:02 - atualizado em 05 nov 2017, 14:00

BRF

O Citi cortou a recomendação para as ações da BRF após a empresa apresentar uma recuperação aquém da esperada para as margens das exportações, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (10). A sugestões passou de compra para neutra e o preço-alvo foi estabelecido em R$ 42.

“Os surpreendentes dados recentes negativos internacionais não revertem as melhorias estruturais da margem de exportação nos últimos 24 meses (um pilar chave da nossa visão previamente favorável sobre os estoques). Mas, eles nos levam a atribuir um valuation mais baixo nas exportações devido à volatilidade maior do que esperada”, explica o analista Alexander Robarts.

Os dados das exportações vêm exatamente quando a margem do Brasil está começando a expandir após vários trimestres de contração, ressalta o analista. Segundo ele, parte da pressão nas margens vem dos produtores sauditas de aves.

“Mesmo com macro e indicadores de demanda de aves favoráveis no maior mercado do Oriente Médio, agora assumimos uma margem Ebitda de exportações em 2017 de 9,7% (abaixo de 11,4%), a menor desde que a nova administração assumiu no quarto trimestre de 2013”, ressalta Robarts.

No Brasil, explica o Citi, a expectativa de lucros continua a mesma. O analista estima uma expansão de 4 pontos percentuais na margem em 2017 como resultado de uma recuperação no volume e de participação de mercado.

“O principal catalisador dos lucros no segundo semestre de 2017 e primeiro semestre de 2018 é o custo mais baixo do milho brasileiro (34% em média este ano) e continuamos esperando uma margem do grupo no segundo semestre de 2017 significativamente melhor do que no primeiro semestre de 2017, mas agora a partir de uma base mais baixa”, conclui.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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