BusinessTimes

Brookfield segue em busca de ativos no Brasil, diz diretor

30 maio 2017, 21:53 - atualizado em 05 nov 2017, 14:02

A Brookfield segue em busca de ativos para trazer mais capital para o Brasil, mesmo após realizar duas grandes aquisições no País, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), da Petrobras, e a Odebrecht Ambiental, afirmou o sócio-diretor da empresa, Luiz Maia. “Estamos olhando outros negócios, mais oportunidades no Brasil.” Ele lembrou que nos dois casos, a Brookfield buscou co-investidores estratégicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Queremos trazer mais”, disse, durante apresentação no Fórum de Investimentos Brasil 2017, que se realiza até amanhã em São Paulo. “O Brasil precisa importar mais capital e concorremos com distribuição de capital com outros países, como China e Índia. O Brasil precisa ter ambiente para conseguir atrair esse capital”, afirmou. Ele minimizou o cenário político instável que o País atravessa no momento, pois avaliou que para quem tem visão de longo prazo, as crises não abalam o interesse.

“Quem está aqui há 117 anos e nunca saiu já viu coisas piores, guerras e regimes. Sempre olhamos o horizonte de longo prazo”, afirmou. Apesar de uma de suas últimas compras ter sido de uma empresa com problemas financeiros graves e necessidade de capital, Maia disse que pagou preço de mercado pelo ativo. “Não existe galinha morta, não existem ativos em liquidação, você paga a preço de mercado. Estamos comprando a preço justo, acreditando que vai valer mais no futuro porque o País vai estar melhor”, comentou, fazendo referência à compra da Odebrecht Ambiental.

O executivo salientou que o setor de saneamento é atrativo para a companhia tendo em vista o apoio que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem dado ao segmento e o potencial de crescimento desta área, já que atualmente apenas 40% da população brasileira têm acesso a tratamento de esgoto, e 80% têm acesso a água tratada.

Ele explicou que a companhia sempre busca ativos que gerem caixa e com uma plataforma que possa ser expandida, e salientou que a ideia é assumir controle e operar diretamente. “Queremos negócios simples de serem tocados, nada high tech, mas com potencial”, resumiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

(Por Luciana Collet e Cynthia Decloedt)

Compartilhar

agencia.estado@moneytimes.com.br