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BTG altera carteira recomendada de small caps para novembro; veja as novidades

04 nov 2021, 13:37 - atualizado em 04 nov 2021, 13:37
BTG Pactual
Instituição ampliou de cinco para 10 o número de papéis em carteira recomendada. (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O BTG Pactual manteve as recomendações da carteira de small caps em novembro em 10 papéis — eram cinco até setembro —, tendo em vista que o número de ativos do tipo aumentou “significativamente” nos últimos dois anos.

Dentre o universo de ações analisadas pela equipe do banco, estão empresas que possuem um valor de mercado informal de até R$ 15 bilhões, tendo como benchmark o índice de small caps brasileiro (SMLL), diz o documento assinado por Carlos Sequeira, Osni Carfi, Bruno Lima e Luiz Temporini.

A equipe de analistas incluiu na carteira as ações da Jalles Machado (JALL3) e da Santos Brasil (STBP3) em novembro, mas manteve posições em SLC Agrícola, CBA, 3R Petroleum, 3tentos, ClearSale, Desktop, Orizon e Sinqia.

Grupo Soma e Vamos deixaram de ser apostas da carteira de small caps do BTG.

Jalles Machado: tese ‘barata’ para a indústria do etanol

Ao incluir a Jalles Machado, a equipe do BTG diz que a ação da empresa é uma das melhores e mais baratas teses da indústria de açúcar e etanol.

No açúcar, os preços globais podem estar entrando em uma nova fase com o governo indiano antecipando o prazo para a mistura de 20% do etanol na gasolina vendida no país até 2025, potencialmente reduzindo a produção de açúcar em 6 milhões de toneladas por ano, diz o banco.

“Isso, combinado com o fato de o Brasil ter relativamente pouco açúcar a mais para trazer ao mercado, significa que a curva de preços futuros (atualmente em declínio para longo prazo) pode se mostrar muito conservadora”, ponderam os analistas.

Para os especialistas do banco, os fundamentos do etanol também são sólidos, com metas globais de descarbonização e o programa RenovaBio, além de preços à vista em alta no Brasil que ainda não estão refletidos nas cotações das ações.

“As ações da Jalles oferecem um FCFE yield [Fluxo de Caixa Livre do Rendimento] de dois dígitos antes mesmo de todos os fatores anteriores entrarem em ação, o que deve ser agravado pelos planos de crescimento orgânico de baixo risco da empresa”, comentam os analistas.

Santos Brasil: ambiente regulatório e reajuste de preços

A inclusão da Santos Brasil na carteira do BTG é baseada em um “melhor ambiente regulatório” e uma “melhor dinâmica competitiva em Santos, possibilitando a retomada dos reajustes de preços, incluindo a já anunciada renovação do contrato com a Maersk”, disse o banco.

O BTG também cita perspectivas favoráveis para o setor de portos e infraestrutura, além de expectativas de bons resultados para o terceiro trimestre, impulsionadas por uma “sólida melhoria operacional”.

“Além disso, a indústria global de transporte de contêineres passa por um momento muito positivo, impulsionada pela forte recuperação de volumes após interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia”, diz a instituição.

Segundo o BTG, a Santos Brasil é um negociada a uma taxa interna de retorno real (TIR) de 12,5%, o que tornaria a empresa atraente para os investidores.

Veja a carteira recomendada de small caps do BTG para novembro:

Empresa Ticker Peso
SLC Agrícola SLCE3 10%
CBA CBAV3 10%
Santos Brasil STBP3 10%
3Tentos TTEN3 10%
3R Petroleum RRRP3 10%
ClearSale CLSA3 10%
Jalles Machado JALL3 10%
Orizon ORVR3 10%
Desktop DESK3 10%
Sinqia SQIA3 10%

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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