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BTG enxerga perspectiva nebulosa para Alliar e corta preço-alvo da ação para R$ 9

20 maio 2020, 13:47 - atualizado em 20 maio 2020, 13:47
Os impactos das medidas de distanciamento social foram sentidos logo na segunda metade de março, levando à queda de 10% da receita líquida, para R$ 236 milhões (Imagem: Divulgação/Alliar)

A Alliar (AALR3) reportou resultados fracos do primeiro trimestre de 2020, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11). Os impactos das medidas de distanciamento social foram sentidos logo na segunda metade de março, levando à queda de 10% da receita líquida, para R$ 236 milhões, e a uma retração de 50% do Ebitda ajustado, para R$ 36 milhões, na comparação anual.

“A Alliar estava apresentando uma performance de receita relativamente estável até o meio de março, mas a queda abrupta das frequências prejudicou gravemente o cenário do primeiro trimestre”, comentaram os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim.

O preço-médio de ressonância magnética (MRI) caiu 5%, enquanto seus volumes encolheram 6%. Isso acabou deteriorando os níveis de produtividade e de vendas – o SSS (Vendas Mesmas Lojas) apresentou uma redução de aproximadamente 10% ano a ano.

Fluxo de caixa positivo

A companhia conseguiu manter o fluxo operacional de caixa em patamares favoráveis no início do ano. Com R$ 259 milhões em dinheiro e uma dívida de curto prazo de R$ 458 milhões, o BTG avalia que a performance da Alliar ao longo dos próximos trimestres deve ser importante para a empresa em termos de crédito.

Recomendação neutra

O banco permanece com recomendação neutra para os papéis da Alliar, dado o cenário nebuloso para os próximos meses.

“Depois de uma forte redução do SSS em março, o panorama para o segundo trimestre se mostra bem desafiador”, afirmaram Alves e Cesquim.

Essa nova perspectiva levou ao corte do preço-alvo, de R$ 21 para R$ 9.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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