BTG reitera compra para Log Commercial Properties (LOGG3) após venda de ativos por R$ 261 milhões

O BTG Pactual reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Log Commercial Properties (LOGG3), destacando que a companhia segue entregando operações lucrativas, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador. O preço-alvo para a ação é de R$ 26, o que representa uma valorização de mais de 25% em relação ao fechamento anterior (dia 23).
A avaliação vem após a LOG anunciar, na última quarta-feira (18), a venda de dois galpões logísticos para o fundo imobiliário Inter Oportunidade Imobiliária (INOI11), administrado pela Inter DTVM, por R$ 261 milhões.
A operação envolve os empreendimentos Log São José dos Pinhais II, no Paraná, e Log Hortolândia, em São Paulo. Juntos, os ativos somam 94 mil metros quadrados de área bruta locável, o equivalente a cerca de 9% da ABL total da LOG. O valor de venda está alinhado ao valor patrimonial líquido (NAV) dos imóveis.
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Conforme a empresa informou anteriormente, o pagamento será feito em três etapas: 60% no fechamento da operação, 10% após 12 meses e os 30% restantes em 24 meses, com correção pelo IPCA. A conclusão do negócio ainda depende do cumprimento de condições precedentes.
Para o BTG, o cap rate implícito de cerca de 9% nesta venda confirma uma margem bruta saudável, estimada em 34%, e demonstra a capacidade da LOG de reciclar ativos com disciplina.
Segundo os analistas, o portfólio da companhia permanece atrativo e com boa liquidez, e o pipeline robusto – ou seja, a fila de empreendimentos futuros – deve garantir a combinação de crescimento da área locável com pagamento de dividendos elevados.
Atualmente, as ações da LOG são negociadas a cerca de 0,5 vez o valor patrimonial, o que implica uma taxa interna de retorno (TIR) real de 13%, o que reforça, segundo o banco, o potencial de valorização no longo prazo, mesmo com juros altos no Brasil.
Riscos no radar
O BTG alerta para riscos de oscilações na atividade econômica, juros mais altos e restrições de crédito, que podem reduzir a demanda por galpões logísticos, enquanto um eventual excesso de oferta poderia elevar a vacância.
No caso da LOG, há riscos adicionais ligados à locação de projetos greenfield (projetos “do zero”), rescisões antecipadas de contratos que afetem a ocupação, custos e atrasos em novas construções, além de eventuais falhas na disciplina de capital ou baixa liquidez das ações no mercado, disse o banco.
Nesta terça-feira (24), LOGG3 encerrou as negociações na B3 com alta de 2,34%, a R$ 20,96. No ano, os papéis acumulam alta de 17,69%.