Estados Unidos (EUA)

Bull market global tende a continuar, avalia gestora Garín

08 nov 2017, 15:46 - atualizado em 08 nov 2017, 15:46

A forte valorização recente das bolsas globais tem lastro e deve prosseguir, segundo avaliação da gestora de recursos brasileira Garín. Para a equipe da casa, no cenário atual, investidores preferem ativos de risco, como ações, apesar das “más notícias”.

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“Por esse bull market (que já dura o dobro do rali de 2003-2007) não ter sido aproveitado por todos é o que o torna apático. A hora de se tornar cauteloso é quando todos se tornarem eufóricos. Por ora, let the good times roll”, diz a gestora em carta mensal de novembro.

Segundo a Garín, o fluxo líquido para ações foi de, aproximadamente, US$ 120 bilhões nos últimos três anos, ante US$ 275 bilhões nos três anos anteriores ao pico do último bull market. “O ânimo dos investidores não pode ser descrito como eufórico” – há caixa a ser investido em ações.

A equipe da gestora lista alguns fatores por trás dos recordes em Wall Street. A política monetária expansionista dos bancos centrais torna a renda variável uma das poucas opções de retorno decente. E há otimismo em relação ao crescimento global sincronizado, com inflação baixa nos países desenvolvidos. Detalhe: “o desejo dos BCs de levá-la a 2% pode fomentar bolhas”.

“Para se ter alguma ideia de quando a luz amarela acenderá no bull market acionário, vale acompanhar o mercado de dívida corporativa e prestar atenção nas curvas de juros. Eventual achatamento das curvas de juros pode emitir um sinal negativo a respeito da economia global e finalmente puxar os spreads de crédito”, escreve o time da Garín.

conrado.mazzoni@moneytimes.com.br