BYD supera Tesla na UE pelo segundo mês consecutivo; Stellantis volta a crescer em vendas

A montadora chinesa BYD vendeu três vezes mais carros novos na União Europeia no mês passado do que em agosto de 2024, superando a concorrente americana Tesla pelo segundo mês seguido, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (25) pela associação europeia da indústria automobilística ACEA.
A Stellantis voltou a registrar crescimento nas vendas na Europa pela primeira vez em mais de um ano, à medida que o mercado como um todo se expandiu, impulsionado pelas vendas de carros híbridos plug-in (PHEV) e elétricos a bateria (BEV).
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As vendas de carros na União Europeia, Reino Unido e na Associação Europeia de Livre Comércio subiram 4,7% em agosto, totalizando 800 mil unidades, segundo a ACEA.
As matrículas de veículos da Volkswagen e da Renault cresceram 4,8% e 7,8%, respectivamente. As da Stellantis subiram 2,2%, marcando o primeiro crescimento desde fevereiro de 2024.
As vendas da Tesla na UE caíram 36,6%, reduzindo sua participação de mercado de 2% para 1,2% em relação ao ano anterior. Já a BYD teve um salto de 201,3% nas vendas, alcançando uma participação de 1,3% no mercado europeu.
As vendas da chinesa SAIC Motor (dona da marca MG) subiram 59,4% em agosto, levando sua participação acumulada no ano a 1,9%, o que a torna a décima montadora mais vendida no bloco até agora em 2025.
As vendas totais de automóveis na UE aumentaram 5,3%. As matrículas de veículos elétricos a bateria (BEV) subiram 30,2%, enquanto de híbridos elétricos (HEV) subiram 54,5% e híbridos plug-in (PHEV) subiram 14,1%.
Esses três grupos juntos representaram 62,2% das matrículas no bloco, um aumento em relação aos 52,8% registrados em agosto de 2024.
A indústria automobilística europeia, que vem sofrendo sucessivos golpes, enfrenta desafios significativos, como tarifas de importação dos EUA, concorrência com fabricantes chineses e dificuldades para cumprir de forma lucrativa os regulamentos locais sobre adoção de veículos elétricos.
As montadoras têm aumentado as vendas de híbridos plug-in para atender aos padrões de emissões, oferecendo modelos mais acessíveis e lucrativos do que os elétricos puros (EVs). As marcas chinesas também têm usado essa tecnologia para minimizar o impacto das tarifas da UE sobre veículos elétricos chineses e conquistar consumidores europeus céticos em relação à China.