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C&A (CEAB3): XP Investimentos vê terceiro trimestre mais difícil, mas segue otimista

19 set 2025, 13:09 - atualizado em 19 set 2025, 13:54
C&A
A XP Investimentos atualizou as estimativas para a C&A (Imagem: BalkansCat/iStock)

A XP Investimentos atualizou suas estimativas para a C&A (CEAB3) levando em conta os resultados do segundo trimestre deste ano, as atuais premissas macroeconômicas e um terceiro trimestre, em sua visão, mais desafiador do que o anterior. No entanto, a corretora segue otimista com as ações

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O ajuste da equipe de analistas liderada por Danniela Eiger foi marginal. Apesar da fraqueza do terceiro trimestre, explicado principalmente por questões climáticas, a corretora enxerga uma compensação pelo desempenho da C&A no segundo e permanece otimista com as tendências para o quarto tri.

Na comparação anual, o que explicará uma possível fraqueza nos números do terceiro tri é que o desempenho do inverno deste ano deverá ser analisado considerando o segundo e o terceiro trimestres juntos. Em 2024, a estação foi muito mais quente e tardia, levando as pessoas a concentrarem as compras entre julho e setembro. Isso dificultará a base de comparação.

A XP, com isso, reduziu a sua projeção para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2,5% a 5% para 2025-26. Além da queda do faturamento, o resultado operacional da varejista deve ser impactado pela maior participação das despesas administrativas e de vendas.

Apesar disso, a expectativa para o lucro líquido aumentou em 7% para 2025 — com a XP enxergando as despesas financeiras caindo 2%.

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Os analistas estenderam o preço-alvo de R$ 23 por ação até o final de 2026. A recomendação permanece de compra, uma vez que a XP ainda vê espaço para a C&A melhorar a produtividade das lojas por meio de reformas, aliadas a iniciativas internas acerca dos produtos, logística e precificação.

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Oportunidades

A produtividade das lojas (vendas por metro quadrado) da C&A sofreram significativa deterioração durante a pandemia. A companhia recuperou os níveis que tinha em 2019 apenas em meados de 2022.

“Desde então, a produtividade das lojas da C&A cresceu 30%, embora ainda esteja abaixo do nível da Lojas Renner. Dessa forma, ainda vemos espaço para a empresa continuar melhorando a produtividade das lojas e, assim, expandir a margem Ebitda por alavancagem operacional”, dizem os analistas, liderados por Danniela Eiger.

As finanças da C&A

A varejista de moda reportou um lucro líquido de R$ 200,3 milhões no segundo trimestre deste ano (2T25), crescimento de 138,9% em relação à igual período de 2024.

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Além de o desempenho ter sido impulsionado pelo aumento de vendas e pelo controle de despesas, a companhia também atribuiu o resultado à alienação da carteira legado de uma parceria que tinham com o Bradescard.

Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado (pré IFRS-16) alcançou R$ 315,9 milhões no período, um resultado 29,8% superior ao registrado no segundo trimestre de 2024.

A expansão da margem bruta de mercadorias no trimestre e os melhores níveis de perdas líquidas de recuperação contribuíram com o resultado. Com isso, a margem Ebitda foi de 15,3%, expansão de 2,1 pontos porcentuais (p.p.) na comparação anual.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.