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C&A: Reversão de prejuízo para lucro, no 3º trimestre, não basta para investir na ação

18 nov 2021, 13:26 - atualizado em 18 nov 2021, 15:00
C&A
C&A tem mostrado recuperação em vendas, mas, segundo a Ágora, esta retomada “parece mais lenta do que a de seus pares” (Imagem: Rafael Borges/ Money times)

Ao se despedir do prejuízo e lucrar R$ 243 milhões no terceiro trimestre deste ano, a C&A (CEAB3) mostra o esforço para recuperar as vendas e gerar bons resultados. O problema, segundo a Ágora Investimentos, é que esta retomada “parece mais lenta do que a de seus pares”.

Na visão da corretora, esta comparação é reforçada pela margem ebitda da C&A — 9,60 pontos percentuais inferior à do terceiro trimestre de 2019 — que, junto à pressão das despesas gerais, com vendas e administrativas, mostra uma margem “muito mais fraca do que Renner (-5,30 p.p.) e Guararapes (-4,10 p.p.)”.

Quanto às ações da companhia, a Ágora enxerga maiores riscos, devido à alta sensibilidade dos lucros a vendas menores. Além disso, a corretora não acredita que os resultados sejam bons o suficiente para encorajar os investidores a voltarem a comprar ações.

Entre o dia seguinte à divulgação do balanço (12) e ontem (17), os papéis da C&A caíram 12,68%. Só na manhã desta quinta-feira (18), as ações voltaram a subir, registrando leve alta de 1,28% por volta das 12h45.

Luz no fim do túnel

O desempenho da C&A no comércio eletrônico foi a luz no fim do túnel para a companhia no trimestre. Com GMV (volume bruto de mercadorias) crescendo 12% em base anual, a C&A conseguiu, registrar a maior penetração de vendas digitais (15%) entre as varejistas, frente a 12% da Renner (LREN3) e 19% da Guararapes (GUAR3) no trimestre.

“Vemos todos os avanços nos principais pilares estratégicos (distribuição, serviços digitais e financeiros) como  positivos e esperamos que a empresa continue a investir neles, a fim de entregar marcos importantes”, afirma a Ativa.

Reforçando essas estratégias, a corretora ainda destaca os compromissos assumidos pela C&A na distribuição até o segundo semestre de 2021 e o lançamento de uma solução de marca própria em dezembro de 2021.

Diante deste cenário misto — em que a companhia se sobressaiu em certos pontos, mas ficou para trás em outros — a corretora mantém sua recomendação neutra em relação aos papéis, com preço-alvo de R$ 10.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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