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Novo piso? Cacau dispara 7% e supera US$ 6.300 por tonelada com lei da UE e safras da África

22 out 2025, 16:20 - atualizado em 22 out 2025, 16:23
Cacau commodity
(iStock.com/dimarik)

O contrato de cacau para dezembro de 2025 avançou 6,93% nesta quarta (22), uma alta de US$ 410, com a tonelada negociada a US$ 6.326.

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Segundo Lucca Bezzon, analista de mercado da StoneX, o movimento reflete a combinação de fatores ligados ao risco produtivo no Oeste Africano, intensificado por notícias recentes sobre condições menos favoráveis para o desenvolvimento da safra, e à decisão da União Europeia de adiar em apenas seis meses a implementação da lei anti-desmatamento (EUDR), quando o mercado esperava um prazo maior.

“Apesar das condições ainda estarem melhores que no ano passado, as preocupações com a produção permanecem e foram reforçadas pela atualização de um relatório divulgado hoje, que expôs um cenário ainda crítico para o desenvolvimento das vagens de cacau nessas regiões. Quanto ao adiamento menor que o esperado para a EUDR, isso aumenta a percepção de risco sobre a oferta futura e pode sustentar movimentos de alta no mercado, como já aconteceu no passado”, explica Bezzon.

Costa do Marfim e Gana, juntos, responderam por 35,35% e 12,54% da produção global na safra 2024/25, respectivamente, reforçando a relevância da região para o equilíbrio do mercado.

Perspectivas para a safra e preços do cacau

Para a temporada 2025/26, a expectativa da StoneX segue apontando para uma recuperação do saldo global, com produção superando a demanda. Esse cenário deve ser sustentado pela retomada gradual da oferta no Oeste Africano, desaceleração da demanda e aumento marginal da produção em países como Equador, Camarões, Nigéria, Brasil e Indonésia.

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“Nos próximos meses, os dados de produção na Costa do Marfim e em Gana serão monitorados de perto, enquanto do lado da demanda os números recentes de moagem indicam queda global”, afirma Bezzon.

Do ponto de vista de preços, o analista avalia que a forte correção observada nos últimos meses já refletiu boa parte dos fundamentos baixistas, como expectativa de maior oferta e demanda enfraquecida.

“O mercado caiu bastante considerando o cenário atual, o que pode limitar espaço para novas quedas. Por isso, movimentos de correção para cima, como o de hoje, podem ocorrer diante de notícias que reforcem riscos produtivos”, completa.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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