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Cade deve aprovar acordo entre Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) apenas no fim do ano, vê BBA

16 abr 2024, 15:42 - atualizado em 16 abr 2024, 15:42
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Fora isso, o banco destaca a luz verde para a aprovação do de listagem das ações da JBS nos EUA; o panorama dos frigoríficos (Imagem: Reprodução/Minerva Foods)

O Itaú BBA divulgou nesta terça-feira (16) seu relatório semanal sobre o mercado de proteína animal, com projeções e perspectiva para Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3e BRF (BRFS3).

Entre os destaques, o banco enxerga que o negócio de R$ 7,5 bilhões envolvendo a venda de 16 plantas e um centro de distribuição da Marfrig para Minerva só deve ser aprovado em dezembro pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), pela complexibilidade envolvendo o negócio.

Dessa maneira, o prazo para conclusão do negócio deve se estender até de dezembro. Entretanto, o banco destaca o crescimento das discussões sobre possíveis soluções a serem adotadas no mercado uruguaio, onde a Minerva estará responsável por cerca de 50% do abate nacional de gado após o acordo.

BBA vê pouco otimismo para Minerva

Assim, eles acreditam ser pouco provável que os investidores se tornem mais otimistas com a Minerva dado:

  1. Maior valor a ser recebido pela Marfrig na conclusão do negócio, devido aos juros da parcela restante de R$ 6 bilhões desde março;
  2. Preocupações adicionais relacionadas ao ciclo da pecuária brasileira a serem enfrentado pela Minerva em 2025, durante o ramp-up de ativos;
  3. Spreads mais baixos do que o esperado no negócio brasileiro de carne bovina, como os preços de exportação para a China têm ficado sequencialmente abaixo das expectativas dos investidores desde meados de 2023.

O banco manteve sua recomendação de compra para JBS e Minerva, com preços-alvo de R$ 31 e R$ 11, respectivamente. Para BRF, a recomendação segue neutra, com preço-alvo de R$ 19, enquanto a Marfrig, que também conta com recomendação neutra, tem o seu preço-alvo em R$ 10.

O cenário para JBS

O BBA ressalta que a decisão da semana passada, do Tribunal de Contas da União (TCU), de isentar os funcionários da BNDES da aquisição de ações da JBS entre 2005 e 2014, foi vista como positiva pelos investidores, que enxergam na medida um “sinal verde” para aprovação da proposta de listagem da JBS nos EUA, já que potenciais multas levaram, historicamente, a um apagão na tomada de decisões entre os membros do BNDES

Visão do BBA para BRF

Para a BRF, o banco elevou suas estimativas para o Ebitda de 2024 em 9%, para R$ 7 bilhões, acima do consenso de 6% para 2024 e 7% em 2025.

A projeção para 2024 se baseia em questões como:

  • Posição controlada de frangos em 2024, o que não deverá afetar a dinâmica da oferta de frango no Brasil ou nos mercados internacionais;
  • Milho (Paraná) e custos da soja girando em torno de R$ 56/saca e US$ 12/bushel, respectivamente;
  • Uma expansão de 14,9% no mercado interno para margem EBITDA e de 9,7% no mercado internacional em 2024.

A percepção do BBA sobre a história de investimentos da BRF melhorou, refletindo sua recuperação baseada em melhorias operacionais e o aprimoramento de sua estrutura de capital. Em termos de avaliação, no entanto, eles enxergam um FCF Yield 2024e de ~7%, o que ainda parece pouco para justificar uma postura positiva neste momento.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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