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Café arábica sobe 9,9% com retorno do frio ao Brasil; açúcar também avança

26 jul 2021, 18:07 - atualizado em 26 jul 2021, 18:07
Café Grãos Commodities Agronegócio
O café robusta para setembro fechou em alta de 65 dólares, ou 3,4%, em 1.964 dólares a tonelada (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Os contratos futuros do café arábica na ICE avançaram fortemente nesta segunda-feira, para uma máxima em mais de 6 anos e meio, impulsionado por preocupações com fortes geadas no Brasil na semana passada, que podem ter causado extensivo dano para os cafezais no maior produtor do mundo.

Mais uma frente fria foi prevista para o fim desta semana.

Café

O café arábica para setembro fechou em alta de 18,8 centavos de dólar, ou 9,9%, em 2,078 dólares por libra-peso, após atingir 2,1520 dólares, máxima desde outubro de 2014.

A forte geada registrada nas regiões agrícolas do Brasil na semana passada atingiram mais de 200 mil hectares (495 mil acres) de fazendas de café arábica, o equivalente a 11% da área total de café arábica no maior produtor de café do mundo.

“A razão para a alta de preços é a onda de frio no Brasil, que viu a geada atingir as principais áreas de cultivo de arábica na semana passada, especialmente no maior Estado produtor de café, Minas Gerais”, disse o Commerzbank em uma nota.

Os operadores afirmaram que também havia potencial para geadas em algumas áreas de café no final desta semana.

Os cafezais são extremamente sensíveis a geadas, que matam as folhas, forçando a planta a crescer novamente na próxima temporada, enquanto as fortes geadas podem causar sérios danos e até matar completamente as árvores.

O café robusta para setembro fechou em alta de 65 dólares, ou 3,4%, em 1.964 dólares a tonelada.

Açúcar

O açúcar bruto para outubro fechou em alta de 0,25 centavo de dólar, ou 1,4%, a 18,42 centavos de dólar por libra-peso.

Operadores afirmaram que o mercado obteve apoio da onda de frio no Brasil, que também é um grande produtor de açúcar, embora a ameaça ao açúcar seja menor do que a do café.

“O fato de os preços do açúcar terem respondido de forma mais moderada (às geadas no Brasil) se deve à maior resistência às geadas da cana-de-açúcar em comparação com o café. Além disso, a colheita da safra deste ano está praticamente concluída nas áreas em questão”, disse o Commerzbank .

O açúcar branco para outubro fechou em queda de 1,30 dólar, ou 0,3%, a 456,40 dólares a tonelada.

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