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Café: mercado está preparado para devolver as altas se as geadas não forem tão intensas?

26 jul 2021, 15:29 - atualizado em 26 jul 2021, 15:50
Café Grãos Agricultura Agronegócio
Café sobe potencialmente com as geadas previstas sobre uma oferta já pequena do Brasil (Imagem: Unsplash/Austin Park)

Enquanto ainda se contabilizava os prejuízos das últimas geadas nos cafezais, os preços internacionais começaram a precificar uma nova rodada de congelamento esperada para sexta-feira (30) ou no final e semana.

O café avançou mais 30% na semana passada e nesta segunda (26) encosta em mais 10%, a 207,90 centavos de dólar por libra-peso.

O movimento especulativo mantém as elevações em foco para os próximos dias, porém fica um grau de incerteza se as geadas esperadas não forem tão mais severas.

As anteriores já estavam no preço, que alimentaram as altas depois da seca de muitos meses e de uma redução da safra em ate 40%, “mas depende da situação climática que de fato vai ocorrer”, lembra Simão Pedro de Lima, diretor-superintendente da cooperativa do Cerrado Mineiro, Expocaccer. Ele também acredita que as informações ainda estão desencontradas sobre o clima.

Em linha com o que alerta Jânio Zeferino, CEO da AgroEasy. “Se não gear mais [ou gear em menor intensidade], cai”, diz. Para ele, pode ser hora de vender.

A quebra do café – mais uma vez lembrando a seca e as duas passagens do fenômeno, em final de junho e meio de julho -, vai ser grande, não se duvida, e o movimento especulativo encontra a expectativa de muita falta de café para 2022.

Zeferino lembra que há analistas que veem o grão a 3 c/lp, especialmente olhando para 2022, com a “vida voltando ao normal”, e aumento inercial do consumo. E a quebra brasileira, cuja produção responde por 40% da oferta mundial, vai ser sentida.

Mas no curto prazo, prevalece o movimento especulativo, onde também os produtores aproveitam para “travar” as vendas, complementa o analista da AgroEasy.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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