AgroTimes

Café: Negócios de arábica melhoram, conforme início da colheita 2023/2024 no Brasil, diz Cepea

31 maio 2023, 10:42 - atualizado em 31 maio 2023, 10:42
Café
Levantamento do Cepea mostra ainda que em outras áreas importantes para o café arábica a colheita avançou (Imagem: Pixabay/reynaldoac)

Todas as regiões produtoras de café do Brasil já iniciaram a colheita da safra 2023/24, de acordo com informações compiladas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Além disso, o ritmo de negócios envolvendo o café arábica “cresceu um pouco” neste final de maio, disse o Cepea, citando que “esse cenário está atrelado ao aquecimento na procura por cafés mais finos”.

Na semana passada, o presidente do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, mencionou maior interesse de venda de produtores, enquanto a colheita começa a ganhar ritmo.

“As atividades envolvendo (a colheita do) arábica ocorrem conforme o esperado, tanto em relação à qualidade quanto ao volume”, disse o centro de pesquisas.

Nos cafezais de robusta, no Espírito Santo, “intempéries afetaram as lavouras, sobretudo nas primeiras fases do ciclo, e isso tem resultado em quebra na produtividade”, afirmou o Cepea, em linha com projeção da estatal Conab e de produtores.

“Assim, produtores estão apreensivos quanto ao volume final de robusta a ser colhido no estado capixaba. No Espírito Santo, de 20 a 25% da produção esperada foi colhida até o momento, e, em Rondônia, cerca de 45%”, disse o relatório do Cepea na véspera.

Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil, disse à Reuters na semana passada que lentas vendas da variedade também estavam associadas a uma quebra de safra neste ano no Espírito Santo, após um recorde colhido em 2022.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Colheita

Levantamento do Cepea mostra ainda que em outras áreas importantes para o café arábica a colheita avançou.

Na região de Garça (SP), a colheita soma entre 13 e 15% do volume estimado; nas Matas de Minas, cerca de 15%; no Sul Mineiro, de 5 a 10%; em Mogiana (SP), 10%; e, no Noroeste do Paraná e no Cerrado Mineiro, 5%.

Cafeicultores seguem atentos ao clima, acrescentou o centro de estudos da Esalq. Muitos estão preocupados com a atuação do fenômeno climático El Niño entre junho e julho.

Segundo a Climatempo, uma frente fria com nuvens carregadas deve chegar nos próximos dias, trazendo chuvas em todas as regiões produtoras, com exceção de Rondônia, o que pode prejudicar a colheita.

reuters@moneytimes.com.br